PM fora das eleições de Joaquim Gomes

Pela primeira vez na história política de Alagoas, a Polícia Militar não vai participar das eleições em Joaquim Gomes, por determinação do presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador Orlando Manso.
Tropas do Exército, assim como da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, darão o apoio necessário à Justiça para que as eleições transcorram em clima de tranqüilidade. A Polícia Militar, entretanto, poderá fazer o policiamento ostensivo na cidade, mas em hipótese alguma deverá chegar perto de qualquer urna eleitoral. Se assim o fizer, os oficiais que deverão estar presentes poderão ser presos por ordem do desembargador Orlando Manso.
O Tribunal Superior Eleitoral, ao atender ao pedido de tropas federais nas eleições de Joaquim Gomes, baseou-se em que o estado de Alagoas tem o maior índice de criminalidade e o comandante da Polícia Militar não tem cumprido as decisões emanadas da Justiça. Ou seja, considera o coronel Luciano Silva, um fora-da-lei.
A decisão tomada pelo presidente do Tribunal de não querer a presença da PM nas eleições, é realmente uma coisa nunca vista em Alagoas e consequentemente será tema, neste final de semana, de notícias em nível nacional.
O que mais preocupa também são as eleições municipais marcadas para o próximo ano. Como Orlando Manso irá presidir as eleições e o coronel Luciano Silva deverá continuar como comandante da Polícia Militar, pelo menos é o que faz entender o governo, com certeza todo o estado de Alagoas deverá receber tropas federais, ou não haverá eleições. Orlando Manso não recuará um milímetro de sua decisão e assim a relação com o governo do estado fica cada vez pior.
Agora é torcer para que nenhum problema ocorra na eleição de amanhã, a qual, além da disputa dos candidatos, a ausência da Polícia Militar será um capítulo à parte.