PSB acusa PSB de ‘golpe’

O título acima não está errado. Veja release da intestina briga entre os aliados do Governo:

A Comissão Executiva Regional do PSB, por maioria de votos, dissolveu ontem o Diretório Municipal do PSB de Maceió, destituindo toda sua direção, inclusive a presidenta, vereadora Tereza Nelma. As divergências entre as duas correntes do PSB chegaram ao nível máximo quando a Executiva Municipal rejeitou, quase por unanimidade, as filiações dos advogados Elias Barros e Francisco Chaves, o Junior Magalhães, ex-militante do PSB. Em reunião da Executiva Regional presidida por Kátia Born e depois pelo deputado Alberto Sextafeira, sob o pretexto de revogar a decisão da municipal, a direção do PSB resolveu dissolver o Diretório Municipal do PSB de Maceió retroativamente, a partir do dia 1º de outubro, para anular a votação contra os dois pretendentes e todos os atos tomados pela Executiva Municipal. Essa vacância pode gerar um sério problema legal para todos os candidatos do PSB.
– Foi um golpe vergonhoso, porque eles querem se apropriar do Diretório de Maceió, que não aceita suas posições conservadoras. Como são minoria, adotaram essa posição administrativa, afirma o vice-presidente regional do PSB, jornalista Renato Soares.
A presidenta do PSB, Kátia Born, havia informado à direção do PSB de Maceió que o mandato seria prorrogado para coincidir os mandatos com os Diretórios Nacional e Estadual. Inclusive, o atual deputado Álvaro Guimarães chegou a apresentar um requerimento para também prorrogar diretórios do interior, inclusive de seu município, Campo Alegre. Porém, na reunião de ontem Kátia recuou de sua posição, Álvaro retirou seu requerimento e votaram pelo “mandatos vencido” do Diretório.
– Kátia enviou um requerimento ao presidente do Tribunal Regional Eleitoral, no dia 29 de setembro, prorrogando o mandato do Diretório por um ano. A prorrogação foi publicada no Diário Oficial. Agora pretende revogar, simplesmente para tomar o mandato de Tereza Nelma, afirma Renato Soares.
Na mesma reunião, Kátia, Sextafeira e Álvaro recusaram até a proposta de nomear como Comissão Provisória os mesmos dirigentes escolhidos em Congresso. Também recusaram a proposta de preservar a comunicação feita por Kátia ao Tribunal Regional Eleitoral, revogando-a.