PSB fecha acordo; Kátia Born indefinida

Assim ficou fechado o acordo do PSB, em 2010, ainda com muitas discussões, a serem resolvidas com o tempo: o deputado Alberto Sextafeira concorre à reeleição; a vereadora Tereza Nelma, fechada como oposição ao prefeito Cícero Almeida (PP), também vai disputar uma vaga à Assembleia; a secretária de Ciência e Tecnologia, Kátia Born, pelo menos segundo Tereza Nelma, vai "pensar mais". Nelma joga o nome dela ao Senado. E no Governo? Não há nomes ao Senado? "Nada está certo". O deputado federal Givaldo Carimbão disputa a reeleição.
A tentativa de PSB é de recuperar o espaço político do passado. No governo Ronaldo Lessa era praticamente soberano em prefeituras e corredores do Poder. Na era Teotonio Vilela Filho, o partido enxugou. E Kátia Born escolheu: encurtou sua identidade com os movimentos sociais, apagou-se no Executivo em uma pasta sem cacife para negociações.
E, claro, com o PSB mais numeroso na Assembleia (Tereza Nelma é tratada como revelação no partido), as chances de uma retomada da legenda aos caminhos do passado aumentam. Falta combinar com os eleitores. A gestão Kátia Born, diante de Cícero Almeida, apequenou-se. Quer Born queira, quer não queira.

UNANIMIDADE

Enquanto isso, Cícero Almeida, que ainda não começou de fato o segundo mandato, tenta repetir o bordão que a decisão do PT, de entrar em seu Governo, foi "unanimidade". Não foi, lógico. O deputado Judson Cabral, agora presidente do PT, votou contrário ao passe livre. Almeida subestima Judson. Um dos integrantes da oposição na Assembleia não pode ser tratado como peça isolada em 2010. Nem diante do PT, desgastado internamente depois da longa discussão para entrar nas lides almeidistas.