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Quem acreditou no fim da aliança de Collor e Dudu?

Apenas um personagem da política de Alagoas acreditou piamente que o senador Fernando Collor e a família Holanda romperiam seus laços para seguir os desejos dele. É o prefeito Cícero Almeida.

Ele sofreu ontem a sua pior derrota política, considerando-se sua trajetória sem interrupções na coisa pública. E ganhou a antipatia da elite alagoana, a fina flor dos ricos e poderosos alagoanos. Entre eles, está a família Holanda.

Ramificados e sobreviventes de todos os cataclismas históricos – e suas crises embutidas- os Holanda são aliados dos Collor de Mello há 80 anos. Uma amizade remontando aos tempos de Arnon de Mello, governador de Alagoas.

Tanta é a reverência de Collor a esta famíia que ele aceitou ser padrinho, no batismo, do deputado Antônio Holanda Júnior. Foi lançado pelo senador na política. Acabou cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) por compra de votos e acusado de participar da Operação Taturana.

Outro Holanda ficou enrolado com a Polícia Federal: Berg. E outro Holanda foi ouvido pelos federais: Antônio Holanda, o pai. Todos na Taturana.

Mas, isso é passado, para eles. E o passado não volta, o futuro os espera. A eleição da Câmara mostrou o retorno ao cenário dos Holanda, capitaneados por Fernando Collor.

Cícero Almeida? É apenas um elemento de explosão, um outsider da política, um posto já ocupado por Collor em 1989, quando se tornou presidente da República.

O prefeito agora segue o segundo mandato, com a maior votação do país. Com um elemento diferencial: está nas mãos dos Holanda. E Collor acompanha seus destinos como um místico. Almeida pensava que depois da eleição aconteceria o contrário, ou seja, todos estariam sob sua batuta. A derrota do senador em Rio Largo, com Fernando James, para o chefe do Executivo da capital, era um exemplo disso.

Mas, na política os ingênuos são relegados à sua própria seleção natural. Nela também se respeitam os acordos, o direito consuetudinário e, principalmente, as tradições das famílias alagoanas. Os fenômenos das urnas são tratados como sempre foram: fenômenos. E, como tal, passageiros. E só. Lições do velho Arnon.

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