Quem é quem no processo sucessório

As movimentações políticas ainda não dão o tom verdadeiro de quem será candidato ou não à sucessão do governador Teotônio Vilela.
Nos últimos dias se falou na possibilidade de Téo Vilela reunir a imprensa, o que poderá fazer nos próximos dias, para anunciar que ficará no governo até o fim, abdicando de sua candidatura ao Senado da República.
Se Téo Vilela realmente tomar esta posição, atrapalha, quer queira, quer não, ao projeto do vice-governador José Thomaz Nono que, no cargo caso o governador saia para uma disputa eleitoral, estaria com a caneta na mão. Pelo menos esta é a leitura que os políticos fazem no momento.
Ficando no governo até o fim, Téo daria uma força incomum ao senador Benedito de Lira que tem pretensões ao Palácio dos Martírios e jogaria um balde de água fria no seu vice, que não teria forças nem condições suficientes de encarar uma eleição majoritária. Mas tudo isso não passa de especulações, embora pessoas próximas ao governador Téo Vilela afirmem categoricamente que ele está disposto a concluir o seu mandato.
As composições políticas, certamente só sairão do campo da análise depois da decisão do governador, que poderá acontecer na próxima semana. Até lá muita água irá rolar por baixo da ponte. Veterano na política e com vasta experiência em campanhas eleitorais, Teotônio Vilela não vai querer entregar de mão beijada o governo a qualquer um. Poderá, até, fazer novamente uma composição com o senador Renan Calheiros, mas contanto que o seu candidato, que deverá ser mesmo Benedito de Lira, lhe suceda no governo.
Benedito de Lira, no caso, contaria, além do apoio do governador, também do prefeito Rui Palmeira, cuja campanha ele assumiu na sua totalidade.