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Renan some; Tenório puxa orelhas dos poderes

O lançamento do portal Transparência Ruth Cardoso contou com surpresas bastante interessantes, a começar por dois senadores: João Tenório (PSDB) e Renan Calheiros (PMDB).
Na festa tucana, Calheiros não apareceu. Para quem ensaia a saída do túmulo político ou do ostracismo involuntário da mídia nacional, o senador tenta evitar arranhar as relações políticas com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que é petista, logo inimigo do PSDB.
A outra parte de surpresa foi o puxão de orelhas de Tenório aos três poderes. Primeiro, lembrou a situação de pobreza de Alagoas e falou em “sofrimento”, um incômodo, mesmo diante de empresários.
Ao contrário. Foi aplaudido.
Ainda no discurso, o tucano foi novamente duro: disse que o lançamento do portal era um oportunidade para acabar com as “caixas-pretas” dos poderes. Não parou. Os alagoanos “sofrem por ter elas [ as caixas pretas]”. O presidente do Tribunal de Contas, Isnaldo Bulhões, tentava sorrir; o governador parecia gostar; o chefe do Ministério Público e o presidente do Tribunal de Justiça, Coaracy Fonseca e desembargador José Fernandes de Hollanda Ferreira, não reagiram.
O presidente da Assembléia, Fernando Toledo, não esboçou reação. O palco escuro, mergulhado nas trevas do Centro de Convenções, parecia não oferecer oportunidade de aparecer claramente.
Tenório continuou na linha do discurso de alfinetadas. Comparou Alagoas à década de 70, época, segundo ele, em que o Estado era referência nacional. “Hoje, é o salve-se quem puder”.
Pergunta: o discurso era combinado com o governador?
Os discursos de João Tenório, mesmo em Brasília, chamam a atenção por reforçar esta condição de miserabilidade e quase naufrágio das Alagoas. E cita empresários como co-responsáveis e não fica nisso.
É o único da bancada federal a se sentir à vontade nas críticas que faz. Endossadas ou não pelo governador. Era sinômimo de um senador apagado, sumido. Depois de hoje, pode-se pensar em algo diferente.

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