Show de cordialidades no Rei Pelé.

Fazia tempo que não se via tanta cordialidade, e paz dentro de um estádio de futebol. Mas a diretoria do CSA fez questão de se superar, a partir do momento que liberou cerca de três mil ingressos para a torcida do Santa Cruz. E a torcida visitante recebeu com muito gosto, e invadiu as dependências do estádio Rei Pelé, parecendo estar em maior número, tanto que por vários momentos pareciam estar nas arquibancadas do Arruda.

A coisa foi tão impressionante, que a nossa querida e fantástica nação azulina, foi sufocada pelos cantos da torcida pernambucana. As duas torcidas que por serem aliadas, transitavam nos arredores e dentro do estádio sem mais problemas, durante o jogo fizeram papéis distintos. Enquanto a torcida do CSA cantava as músicas, e balançava a bandeira com o símbolo adversário, a torcida visitante gritava, “ah ah ah que torcida devagar”, coisa estranha neh? Já que a nossa torcida foi tão cordial.

E se essas cordialidades inúteis parassem por aí seria muito bom, mas só viria a piorar depois que o jogo começou. O time do CSA que durante os treinos e amistosos realizados passou bastante confiança, ontem posso dizer que teve um “blecaute tático”.

O time não conseguiu criar uma jogada bem tramada, todos os setores da equipe estavam fora do ar, fora de sintonia. A defesa não tinha por onde sair, o meio campo era lento, não marcava e não criava e consequentemente os atacantes não receberiam as bolas, e mesmo assim quando a bola chegou a eles, a jogada não tinha segmento.Na única coisa boa que o CSA conseguiu no jogo, desperdiçou, quando o árbitro marcou um pênalti a seu favor, e Junior Amorim fez a proeza de desperdiçar, chutando em cima do goleiro adversário.

O time azulino terminou o primeiro tempo perdendo por 2 a 0, e todo mundo esperava mudanças, e elas vieram, mas não do jeito que esperávamos. O treinador fez duas alterações tirando Gustavo e Etinho, embora limitados se esforçaram bastante na primeira etapa. Dois jogadores que poderiam ser soluções para o time, só entraram perto do fim. Serginho entrou no lugar do machucado e vaiado Junior Amorim, que foi duramente criticado pela torcida, e colocou também o jovem e habilidoso Fagner, que naquela altura da partida nada pode fazer.

No segundo tempo o jogo continuou o mesmo, com a torcida do Santa fazendo a festa, e para completar ainda mais, o goleiro Jéferson numa falha bizonha, depois de um cruzamento soltou a bola nos pés do jogador tricolor.

3 a 0 na estréia e dentro de casa, fora o baile e com torcida adversária fazendo a festa. Todos os ingredientes de uma festa indigesta, para se esquecer e pensar nos próximos jogos, que serão todos eles de vida ou morte.

O resultado não é para se desesperar, até por que se for assim morre na praia. Mas é para se repensar algumas coisas, dentro e fora de campo. Se a preparação pode ser melhor, devem valorizar mais a nossa casa, o nosso estádio, e não deixar que isso se repita. Jogar em casa sentindo a pressão da torcida de fora não dá, fomos dominados totalmente. Se liga azulão!!!

Vale a pena acompanhar, torcer e ficar de olho!!!

Paulo Chancey Junior

CONTATO: blogdochanceyjr@gmail.com