Solange ataca Almeida, que ataca Solange; outros..

Os ataques no Guia Eleitoral vão desenhando para os maceioenses que a disputa pelo Poder Executivo Municipal se concentra, basicamente, nos nomes do prefeito, que tenta a reeleição, Cícero Almeida (PP) e a ex-secretária de Assistência Social, Solange Jurema (PSDB).
Ou, poderia-se dizer: o ex-deputado João Lyra (PTB) e o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB)- apesar de um início de afago entre ambos, mesmo discretamente. Ou ainda o confronto entre o ex-aliado Régis Cavalcante (PPS) – vice de Jurema e Almeida (armas ainda escondidas, talvez esperando instantes finais).
O deputado Judson Cabral (PT) não ataca ninguém. Procura mostrar suas “propostas”, como chama. Na hora de citar nomes, “governos”, “gestões”, Almeida, o alvo, some. Explicações para isso? Cabral, internamente, avisou: não vai atacar o prefeito. O motivo são as relações passadas na Câmara de Vereadores, aproximações entre ambos etc.
O engenheiro agrônomo e ex-secretário de Agricultura, Mário Agra (PSOL) pulverizou as palavras: todos devem ter a verdadeira identidade revelada, seus defeitos, suas ligações perigosas. Poupa-se, porém, o antigo aliado, o PSTU. Há ainda uma dobradinha: Agra “mostra” Heloísa em seu guia (as bandeiras nas ruas, balançadas na TV e no rádio, definem isso) e a ex-senadora não aponta ninguém. Apenas ela mesma.
Manoel de Assis (PSTU), trabalhador petroquímico, fulmina Jurema, Almeida, Cabral e… Agra. Estende, por uma estratégia nacional do partido, os problemas do governo Lula, as políticas econômica e social do governo petista etc., a não-escolha pelos trabalhadores. E ataca os empresários nos debates.
Mesmo com o choque deles diante das propostas, pouco discutidas pelo próprio PSTU.
Aliás, há algo não chocante nesta eleição?