TC quer R$ 6 milhões a mais no duodécimo

A Assembleia Legislativa quer aumentar o seu duodécimo e o Tribunal de Contas, também. O TC quer receber este ano R$ 60 milhões, ao invés dos R$ 54 milhões de duodécimo, exatamente o mesmo valor do ano passado.

O presidente do TC, Isnaldo Bulhões, leva em conta que o tribunal precisa implantar o Plano de Cargos e Carreiras (PCC) dos servidores. E não tem dinheiro em caixa para pagar a conta. Além disso, tem que ter dinheiro para pagar as demandas judiciais dos servidores e bancar um novo sistema de fiscalização, on-line. “Não é justo sermos o patinho feio”, disse.

Enquanto isso, os deputados negociam com o Governo a margem de aumento do remanejamento entre secretarias e órgãos da administração em 30%.

Hoje, este valor é de 15%. Seria o dobro em relação ao ano passado e em ano eleitoral. Na prática, isso significa que o Governo dependeria menos da Assembleia para aprovar transferências de uma pasta a outra de recursos.
Hoje, ele precisa dessa autorização- se ultrapassar os 15%.

Deputados menos dependentes do Executivo? Não é exatamente o desejo dos parlamentares. Principalmente quando a barganha por cargos, envolvendo as votações, é um negócio tão antigo quanto as pragas do Egito.

CAIM E ABEL
Há prefeito que manda matar o vice. E existe vice que quer destruir a carreira política do prefeito e assumir logo a vaga. Isso acontece em Porto Real do Colégio. O vice Belarmino (PRB) convocou um comerciante na cidade para que ele entrasse, por ele, na Justiça com uma lista de supostas irregularidades contra a prefeita, a Rita (PTB). Claro, a manobra é mesmo do vice, que diz ter um alfabeto inteiro de denúncias contra a chefe do Executivo- e pelo visto ex-aliada. O imbóglio está nas mãos do desembargador Alcides Gusmão, do Tribunal de Justiça.