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Tempo curto faz Governo Vilela acelerar obras

Há pelo menos um fato que o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) quer tentar retardar, antes do final do ano: a burocracia da máquina estatal. Na prática, Vilela, no ritmo que lhe é peculiar, vai despertando para as exigências das urnas. Falta um ano para a eleição, e o tempo é curto, especialmente no Executivo com tão poucos atos concretos a serem mostrados.
Para isso, escalou o controlador Geral do Estado, Alexandre Lajes, para o "núcleo duro" do Poder. Ficará com ele a responsabilidade de gerenciar R$ 320 milhões do empréstimo do Banco Mundial. Cobrará, diretamente aos secretários, 22 projetos, entre eles, a duplicação da AL 101 Sul, na mira do Tribunal de Contas da União (TCU) e com risco de não ser inaugurada até dezembro de 2010.
Na função de “homem de confiança”, Lajes será o “gerentão” do dinheiro, enquanto o secretário de Desenvolvimento Econômico, Luiz Otávio Gomes, vai acelerar a vinda do estaleiro ao Estado. A obra, ainda no papel e tratada como mais uma “redenção” de Alagoas, pode virar uma promessa de excêntricos. É tudo o quê o Governo não quer. Por isso, Gomes recebe cartas: ordens para acelerar a instalação do estaleiro, além da usina nuclear. Ou melhor: duas, a Nordeste I e II.
No interior, a articulação, esta política, fica a cargo do secretário de Agricultura, Jorge Dantas. Ex-prefeito de Pão de Açúcar, Dantas será a ponte com o Palácio República dos Palmares. Isso para neutralizar a ação do ex-deputado Celso Luiz, especialmente no sertão do Estado.
Na capital, por enquanto, o jogo está sob Jorge VI, agora CSA e secretário adjunto de Esportes. Ficará sozinho? Ainda não. É na capital, ainda, onde está a maior parte da impopularidade de Vilela. E da lentidão do Governo, por enquanto, resumida nas obras federais petistas tocadas por mãos tucanas.
UM GRANDE PARA OS PEQUENOS
O jornalista Nunes Lima será homenageado no dia 7 de novembro, às 10 da manhã, na cidade de Paulo Jacinto. Chargista da Gazeta de Alagoas, Nunes lança seu livro “Vida sem Retoques”. Nunes é um destes exemplares raros do jornalismo, humilde por natureza: uma vez por semana, saía de ônibus da Ponta Grossa, bairro onde mora até hoje, vestindo sua camisa de botão, o sapato social lustrado e os cabelos delicadamente penteados.
Saía para entregar suas charges, como num ritual: entregava-as, desenhadas a lápis, e recortadas em tamanho exato ao publicado no jornal Extra, onde também passou. No mesmo envelope amarelo, vinha lá com seus “causos”. Não gostava de computador: eram datilografadas, riscadas, corrigidas por ele mesmo. Coisa artesanal e nada de corretor. No Extra, era a jornalista Cláudia Walkíria quem as transcrevia ao computador; na Gazeta, Maria, a matrona da redação, era quem tinha esta tarefa.
O ônibus carregava um desconhecido porque o tal do Nunes era famoso mesmo nas charges e nos “causos”. Ainda é um jornalista assim: simples, como sua gente dos seus textos.

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