Tempo esquenta entre Téo Vilela e Procuradores

A Associação dos Procuradores de Estado se revoltou com as declarações do governador Téo Vilela, de que seus integrantes tem apenas uma carga horária de 4 horas por dia. O presidente da Associação, Flávio Gomes de Barros, diz em nota que foi com grande surpresa e indignação que tomou conhecimento das declarações do governador.
Segundo a nota oficial, os Procuradores ´´lamentam profundamente que o chefe do Executivo, com a responsabilidade que o cargo lhe confere, venha a público, imotivadamente, atacar aqueles que lhe dão assessoria jurídica, de forma desrespeitosa, injusta e inverídica. Em outras palavras, a Associação entende que o governador chamou os Procuradores de ´´boas-vidas´´ e que não é justo reivindicar salários astronômicos.
As relações a partir de agora estão mesmo azedas e a queda-de-braço está estabelecida. A Associação diz que a carga horária do Procurador é estabelecida em Lei e, como ocorre com outras categorias da área jurídica, não corresponde, na prática, à realidade do cotidiano, pois a categoria não é submetida ao regime de ponto de trabalho, mas sim à vinculação a processos, que têm prazos estabelecidos em lei e precisam ser cumpridos, independentemente da quantidade de peças e do horário de expediente.
Para a Associação, declarações desse porte em nada contribuem na construção de uma saída para a crise instalada na Procuradoria Geral do Estado, que se arrasta há vários meses, sem que a categoria tenha contribuído para isso.