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Tempos de políticos profissonais, na era ‘Ciço’

Uma candidatura do prefeito Cícero Almeida ao Governo do Estado pode ser tudo aquilo que o Palácio República dos Palmares não queira. E ao mesmo tempo permita-se desejar, levando-se em conta o grupo político do chefe do Executivo municipal.
Para investir em uma candidatura própria, Almeida teria que refazer o entendimento com a vice-prefeita, Lourdinha Lyra. Seria ela a assumir a equipe, pós-Almeida. Lourdinha leva adiante um projeto próprio, quase definido, e longe do prefeito; teria de confiar que ao pedir votos para si mesmo, o deputado federal Benedito de Lira, candidato ao Senado, canalizasse votos ao prefeito, através dos outros prefeitos. E Benedito de Lira transfere votos?
Saber antes se os mesmos prefeitos que apóiam Renan Calheiros e Fernando Collor injetariam estes votos para ele, Cícero Almeida. E se os dois transferem votos. Basta uma rápida olhada nas eleições de 2008 para descobrir a capacidade de ambos em canalizar votos e gerar filhotes na política. Há ainda a candidatura de Ronaldo Lessa.
O prefeito de Maceió não tem grupo político definido, nem articulações na Câmara de Vereadores ou na Assembleia Legislativa capazes de levar adiante uma candidatura ao Governo. Mas, tem as pesquisas nas mãos, favoráveis em todos os cenários (pesquisas palacianas e coloridas não mostram cenários diferentes).
Almeida diz-se um escolhido por Deus. Cristãos mais cuidadosos sabem da multidão que aclamava Jesus e o desprezou pela aproximação com Zaqueu, implacável cobrador de impostos, como se o fosse na política. Políticos mais experientes sabem que a multidão é assim, indefinida como as nuvens do céu ou os comandantes da nau da trairagem, na Terra. Um dia, havia quem dormisse governador e acordasse sem nada nas mãos…
O ex-radialista confiaria em um segundo mandato sem políticas sociais definidas (crescimento da violência, serviço público de saúde, projetos na área de assistência social), obras de infraestrutura ainda no papel (VLT, aterro sanitário e Vale do Reginaldo); um desgaste diário ao falar de um lançamento e um recuo da cadeira marrom, do Palácio.
A multidão elege um governador de Alagoas? Sim, foi assim com Divaldo Suruagy, em 1995. Os prefeitos elegem um governador em Alagoas? Não, contando-se com Manoel Gomes de Barros; sim, na reeleição de Lessa. Nas incertezas, há as traições e os conchavos. Com costuras terceirizadas nas mãos dos caciques, o que sobrará a Almeida, em tempos de políticos profissionais?

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