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TJ cede, mas também quer sacrifício da Assembleia

Os efeitos da crise financeira internacional convenceram a presidente do Tribunal de Justiça, desembargadora Elisabeth Carvalho do Nascimento- além de uma comissão com outros quatros desembargadores, reunidos pela manhã- a aceitar a proposta do Governo de fixar, este ano, o duodécimo do TJ em R$ 216 milhões. O tribunal queria R$ 263 milhões.
Ouvida pelo blog, a presidente do tribunal disse que o poder aceitou receber menos para colaborar no ajuste das contas. “Para não haver desgaste, e no intuito de colaborar, vamos reduzir o que pretendíamos”.
A reforma do fórum do Barro Duro, em Maceió, por exemplo, continua; o setor tecnológico terá incremento, mas com dinheiro do Funjuris. Os demais serviços não se alteram. A estrutura das comarcas- que precisam de mais juízes- fica como estão. Precisando de mais dinheiro.
Nos dias que se seguiram, uma guerra de palavras dos dois lados quase piorou as relações entre TJ e Governo. De um lado, a política, essa do Governo; do outro, as finanças, do TJ. E o que acha da política, depois disso? “Sei que não é fácil para ele [governador Teotonio Vilela Filho] ou qualquer um lidar com a política de Alagoas. Não somos políticos, fazemos algo mais diplomático, mas a gente compreende. Ele [Vilela] sofre pressões, estamos em ano eleitoral, mas isso não nos diz respeito”, respondeu a presidente do tribunal.
Se a ordem é o sacrifício, e o tribunal aceitou fazer a sua parte, o que acha da Assembleia Legislativa? “O orçamento da Assembleia poderia passar cinco anos congelado, o nosso não. Eles recebem muito bem. Quem merece ajuda é o Ministério Público Estadual porque o Judiciário precisa da ajuda do Ministério Público para os processos. Nós demos o recado ao Governo que o MP e a Defensoria Pública precisavam de ajuda”.
E como fica isso? “A Assembleia ganha muito bem e no governo Lessa recebeu mais. A Assembleia pode cooperar. O Judiciário tem muitos prédios para administrar e a Assembleia tem um só: funciona na praça [Dom Pedro II, Centro]. Eles [os deputados] também têm que se sacrificar”.
NOVA ASSEMBLEIA
A mesma Assembleia não pagou o 13º salário nem os salários de junho a assessores dos suplentes de deputados, que ocuparam os cargos antes de retorno dos efetivos às funções.
INVESTIGAÇÃO
O Comitê 9840 entra, na segunda-feira, com pedido de investigação no Ministério Público Eleitoral. Isso por causa dos adesivos, faixas e cartazes em ruas de Maceió, mostrando candidatos a cargos públicos, embrenhando-se cedo na lama da corrupção. Eles fazem campanha, antes mesmo dos prazos determinados pela Justiça.

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