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Tráfico de influência via Sarney, na Ceal

DO BLOG DO NOBLAT

O jornal Folha de São Paulo publicou na edição deste domingo (25) a matéria entitulada "Sarney ajudou filho a ‘atacar’ setor elétrico", na afirma que a ascensão do engenheiro Flávio Decat ao comando companhias elétricas federalizadas, entre elas a Cepisa e a Ceal, se deve a uma indicação de Fernando Sarney com o apoio do pai, José Sarney (PMDB/AP), presidente do Senado, em 2008.
Gravações da Polícia Federal mostram que José Sarney (PMDB-AP) não estava alheio às investidas do filho mais velho, Fernando, sobre órgãos públicos do setor elétrico -ações que, para os policiais, configuram crime de tráfico de influência.
Numa conversa, o senador orientou Fernando a arrumar emprego para aliados – Flávio Decat e José Antônio Muniz – no comando da Eletrobrás, estatal ligada ao Ministério de Minas e Energia. Noutro diálogo, o filho do senador avisou que, feitas essas nomeações indicadas pelo pai, ele iria "atacar" os apadrinhados, com o objetivo de liberar verbas de patrocínio a entidades privadas ligadas à família -o que de fato aconteceu.
Os grampos -obtidos com autorização judicial- fazem parte da Operação Faktor, antes chamada de Boi Barrica, que levou ao indiciamento de Fernando por quatro crimes. A apuração de tráfico de influência ainda não foi concluída pela PF. Pelo Código Penal, o fato de pedir vantagem, mesmo não consumada, já configura crime.
O presidente do Senado até aqui não foi alvo da Faktor. Para investigá-lo, a PF precisaria de autorização do Supremo Tribunal Federal. Sobre as denúncias anteriores contra o filho, Sarney disse que tratavam de casos que ele desconhecia.
As escutas que a Folha revela hoje são as primeiras a envolvê-lo diretamente. Procurados, Sarney e Fernando não comentaram as nomeações nem o suposto tráfico de influência.

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