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Uma crise que ninguém ajuda a limpar

Não existem responsáveis pela crise na Assembleia Legislativa, a não ser os próprios deputados. Soa estranho quando a Mesa Diretora diz, no Diário Oficial do Estado, temer uma invasão dos movimentos sociais ao plenário, por isso fecha as portas. Afinal, o uso da força pública é uma garantia constitucional, segundo disse ao blog um desembargador do Tribunal de Justiça. Qualquer um que ameaçasse entrar à força no Legislativo deveria ser detido. Ou não é assim?
A crise na Assembleia estava se formando debaixo do tapete. Era intestina, incômoda. A pressão no grupo- ainda sem traidores- mostra essa necessidade de se comandar os muitos milhões na Casa de Tavares Bastos. É a Assembleia vivendo seus tempos de transparência e, claro, da falta de condições políticas e estruturais da atual legislatura de falar em "democracia" ou "estado de direito" ou "respeito a ordem judicial". Afinal, o exemplo de dentro de Casa não é dos melhores.
Fato é que a Assembleia é comandada por famílias tradicionais alagoanas e seus apetrechos nada democráticos. Basta ver os sobrenomes e as regiões das quais elas procedem ou seus currículos políticos. Lá, nos confins de Alagoas, estas famílias ajudam a perpetuar escolas sem professores, lugares sem hospitais, onde o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) está entre os piores do Brasil. Doenças sociais sem prazo para cura, em lugares adminstrados por famílias imortalizadas pela Casa de Tavares Bastos.
E se a Comissão de Ética na Assembleia existisse? E se os deputados aceitassem se investigar? E se os acusados fossem, logo no início, afastados dos cargos? E se os deputados não aceitassem os acordos de gaveta para eleger conselheiros para o Tribunal de Contas indiciados pela Polícia Federal? Chegaria-se a este ponto?
A democracia caiada pela Assembleia ainda permanece uma fachada. Uma fachada, é verdade, mais modesta que no passado, mas ainda presa ao cabresto das famílias mais reacionárias da política de Alagoas.

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