Foragido, Baixinho Boiadeiro grava vídeo e revela motivo do assassinato do pai

Reproduçãobaixinho

Foragido da Justiça há quase dois meses, José Márcio Cavalcante, conhecido como “Baixinho Boiadeiro”, publicou um vídeo no YouTube, nesta sexta-feira, 02, contando sua versão sobre o assassinato de seu pai, Adelmo Rodrigues de Melo, o Neguinho Boiadeiro, ocorrido em novembro do ano passado quando o vereador deixava a Câmara Municipal de Batalha. 

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No vídeo, Baixinho Boiadeiro confessa que se envolveu em um tiroteio com Emílio Dantas, um rival da família boiadeiro, após a morte de seu pai. “Não é como este rapaz está dizendo aí. Eu vinha sentido ao hospital, onde meu pai tava morto, e ao passar em frente à casa dele [Emílio Dantas], vi que estava com uma pistola na mão e fez um ar de riso. Eu, transtornado e emocionado, parei o carro e ao descer, ele já foi ‘metendo’ bala. Não sei se atirou em minha direção, mas deu três tiros. Eu atirei também. Ele atirou em mim e eu nele. Em seguida, entrei no carro e fui embora”, relatou.

Baixinho Boiadeiro também pede para a juíza da comarca de Batalha revogar sua prisão para que possa se defender das acusações de tentativa de homicídio contra Emílio Dantas. Ele alega ainda que teme por sua vida e por sua família. “Temo por mim e pelas vidas da minha mãe, irmã, irmãos e sobrinhos. Tanto que pedi pra que deixassem nossa casa e fossem cuidar das nossas outras propriedades”.

Ainda no vídeo de 18m38s, Baixinho Boiadeiro diz que o motivo que levou a morte de seu pai foi uma lista com os nomes de 17 funcionários fantasmas da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) que recebiam entre R$12 mil e R$17 mil por mês. Deste valor, os supostos funcionários da ALE só ficavam com R$300,00 e o resto seria sacado por políticos de Maceió e Batalha com o aval de um gerente de uma agência bancária. O documento, com o imposto de renda de cada funcionário fantasma, será entregue as autoridades policiais.

Veja trecho do depoimento de Baixinho Boiadeiro: 

Com o documento em mãos, Baixinho Boiadeiro pretende protocolar a denúncia no Ministério Público Estadual e enviar fotos e as informações ao Procurador-geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça.

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Procurada pela Alagoas24Horas a diretoria de comunicação da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) disse que tomou conhecimento do vídeo, mas que não recebeu nenhuma orientação da mesa diretora da casa e por enquanto não irá se posicionar a respeito das acusações.

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