Deficiência na coleta cria lixões a céu aberto no Mercado de Maceió

Apenas dois garis fazem coleta no entorno do Mercado da Produção.

Alagoas24horasÁgua dos banheiros do novo mercado são lançados à céu aberto

Água dos banheiros do novo mercado são lançados à céu aberto

Alvo de denúncias na administração do prefeito Cícero Almeida, o lixo continua a incomodar moradores e comerciantes da capital alagoana. Procurada por ambulantes do bairro da Levada, uma equipe do Alagoas24horas foi ao Mercado da Produção e constatou a ineficiência do sistema de coleta.

Apenas dois garis fazem a coleta na área que vai da Avenida Cirilo de Castro até a Estação de trens do mesmo bairro. Apesar de os próprios comerciantes e ambulantes confirmarem que a coleta na região é regular, os mesmos comerciantes denunciam problemas de infraestrutura e falta de pessoal especializado.

Segundo o comerciante Genilson Eduardo, que trabalha no Mercado há dez anos, a coleta do lixo nas proximidades da linha férrea é feita diariamente, mas o serviço não é suficiente para recolher todo o material despejado pelos ambulantes que confessam sua parcela de culpa. “Tem dias que eles vêm aqui e limpam. Hoje mesmo passou um carro e levou tudo, mas já está sujo de novo” relatou o ambulante.

Um funcionário da empresa Viva Ambiental confirmou que além dele, outro gari, que hoje estaria de folga, são responsáveis pela limpeza da área citada. “Aqui eu limpo todo dia. O problema é que num tem só lixo. É metralha e um monte de outras coisas que não dá para colocar no saco, aí a gente tem que deixar. E isso aqui que eu tô limpando amanhã vai tá (sic) tudo de novo, conclui o gari.

O problema se repete na nova ‘Feira do Passarinho’. Removidos recentemente das ‘margens’ da linha do trem, os feirantes convivem com o lixo e o esgoto proveniente da ausência do saneamento básico. “Tem dois contêineres lá no final, mas o povo fica com preguiça de ir jogar, então joga aqui mesmo. Mas mesmo que não tivesse esse lixo, o lugar seria sujo do mesmo jeito por que não foi feita nenhuma tubulação para esgoto aqui. A água dos banheiros fica assim (a céu aberto), em dias de chuva é ainda pior,” denunciam os feirantes.

Mais uma questão ambiental do que de simples coleta, o lixo em Maceió se tornou também um caso de justiça. O Ministério Público continua a investigar um suposto desvio de R$ 200 milhões, denominado de ‘máfia do lixo’.

Enquanto o imbróglio judicial persiste, ambientalistas e a sociedade civil organizada aguardam uma política de conscientização ambiental mais efetiva e a população anseia pelo recolhimento dos entulhos.

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