PF diz que pedirá prisão preventiva de Valério caso comprove que ele mandou queimar documentos

A Polícia Federal vai pedir a prisão preventiva do empresário Marcos Valério, caso seja provado que ele mandou queimar provas do inquérito. De acordo com o delegado responsável pelas investigações de suposta corrupção em órgãos do governo federal, Luiz Flavio Zampronha, é preciso conversar com as pessoas que fizeram a queima de documentos para saber quem são os mandantes e o que os documentos continham. "É preciso um painel mais detalhado da queima. Se ficar evidente a queima de provas, o pedido de prisão também fica evidente", diz Zampronha.

O delegado Pedro Ribeiro, que também participa do inquérito, afirma que, em princípio, notas fiscais estavam sendo queimadas. A Polícia Federal está com uma equipe em Belo Horizonte e pretende ter uma resposta nos próximos dias.

Na última quinta-feira, uma operação policial em Belo Horizonte apreendeu documentos da agência de publicidade DNA Propaganda – da qual Marcos Valério é sócio – na casa de um ex-policial civil. Os documentos estavam sendo queimados quando foi deflagrada a operação.

Nesta semana, Marcos Valério será chamado novamente para depor na PF, assim como o secretário de Finanças licenciado do PT, Delúbio Soares. O delegado quer esclarecimentos sobre afirmações que eles teriam feito em depoimento à Procuradoria Geral da República e omitido no depoimento prestado à PF.

Os dois procuraram espontaneamente o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, para depor. Marcos Valério propôs ao procurador ser beneficiado com a "delação premiada" – direito legal que prevê a colaboração do acusado com a Justiça em troca da redução da pena – para falar tudo o que sabe. Mas teve o pedido negado. Na sexta, foi a vez de Soares aparecer espontaneamente para prestar depoimento na Procuradoria.

Ainda nesta semana, a PF quer ouvir também o procurador da Fazenda Glênio Guedes. A agenda de Fernanda Karina Somaggio, ex-secretária do empresário Marcos Valério, possui anotações que indicariam uma relação entre o procurador e o empresário.

Fonte: Agência Brasil

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