Ex-líder de camelôs diz que nunca se sentiu intimidado por Sandro

Em entrevista, agora há pouco ao programa Ministério do Povo da rádio Gazeta AM, o ex-presidente da Associação dos Camelôs, Laércio Lira, justificou o motivo de associarem seu nome como mandante do assassinato do presidente do Movimento Pró-Camelô, Sandro Gomes, ocorrido no último dia primeiro no centro de Maceió.

“A não divulgação de meu afastamento da associação foi marcante para associarem meu nome ao assassinato de Sandro. Não tenho motivo para ter cometido o assassinato, pois nunca me senti intimidado por Sandro”, explicou Lira

Laércio lembrou que sempre que esteve à frente da associação teve sua gestão questionada, mas dava continuidade aos trabalhos pelo fato de pensar no melhor para os camelôs. “Cheguei a disputar a eleição algumas vezes por não ver candidatos capazes de dar continuidade ao trabalho e me afastei da associação, em 22 de março deste ano, devido ao cansaço e o quebra-quebra no Centro foi a gota d’água”, ressaltou.

Quanto ao problema que teve com Sandro Gomes, Laércio disse que compreendia a forma como ele havia falado no dia do quebra-quebra no Centro. “Não tive problemas com ele [Sandro]. No dia da confusão, saí das ruas do Centro porque tive medo de ser assassinado ou sofrer alguma lesão e no fim da tarde estive na rua Joaquim Távora para conversar com Sandro para orientá-lo como proceder e ele começo a dizer que eu estava abandonando os camelôs pelo fato de eu não poder representar este grupo em especial, pois o que eu podia fazer já tinha feito – que era a liberação da rua das Árvores para estes camelôs”, diz.

“Entendi a forma tempestiva como ele falou comigo, pois eles estavam perdendo o espaço deles de ganha-pão. Não me senti intimidado por ele, até porque já cheguei a ouvir coisas piores de outras pessoas e nunca ameacei ninguém. Estou apto à esclarecimentos para todos, desde a polícia até a imprensa”, completou Laércio.

Afastamento

O ex-presidente da Associação dos Camelôs falou que seu afastamento do cargo não teve divulgação porque temia o enfraquecimento do movimento. “Não fui derrubado de cargo, apenas chamei um grupo para assumir no meu lugar pelo fato de estar cansado mentalmente e financeiramente. Estrategicamente não anunciamos o afastamento e hoje me arrependo porque me trouxe problemas maiores”, disse.

Segundo Laércio, o problema dos camelôs vem desde 29 de junho de 2004, quando a antiga gestão da prefeitura anunciou o projeto de requalificação do Centro. “O projeto não apresentava solução em médio prazo e isso gerou muita confusão”, explicou.

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