Exposição homenageia Pedro Teixeira, Egildo Vieira e associação de folguedos

Lançamento contou com apresentações do Grupo Armorial e Zeza do Coco

Neno CanutoExposição atrai a atenção por preservar e contar a história da cultura alagoana, tradições populares e manifestações folclóricas

Exposição atrai a atenção por preservar e contar a história da cultura alagoana, tradições populares e manifestações folclóricas

“Boa noite meus senhores todos, boa noite minhas senhoras também”, é com a Entrada do Pastoril que a exposição “Folclore AGosto de: Pedro Teixeira, Egildo Vieira e Asfopal”, lançada pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult) na última terça-feira (18), saúda os visitantes que chegam ao Memorial à República. O lançamento da mostra contou com apresentações culturais da banda de pífano Santo Antônio, de Maura Góis, o fandango Pontal da Barra, do Mestre Pancho, grupo Armorial de Piranhas, criado por Egildo Teixeira, e homenageando Pedro Teixeira o coco de roda com a Zeza, e cordel de Manoel Antônio.

Celebrando os folguedos da cultura alagoana, com curadoria do historiador, professor, folclorista, Ivan Barsan, a exposição homenageia o folclorista Pedro Teixeira; o maestro Egildo Vieira, que faleceu no mês passado e seria reconhecido este ano como Patrimônio Vivo pelo Governo de Alagoas; e os 30 anos da Associação dos Folguedos Populares de Alagoas. “Esta é uma forma de prestigiarmos os nossos artistas, gênios imortais da cultura alagoana, e enaltecer nossas tradições populares difundido para toda a sociedade a riqueza das nossas manifestações folclóricas”, disse o curador.

São mais de 20 peças em exposição, com roupas usadas no pastoril, guerreiro, baiana, além do acervo pessoal de Pedro Teixeira e instrumentos feitos de cabaça do Maestro Egildo Vieira. Além das indumentárias da nossa cultura, os visitantes podem interagir ouvindo músicas dos tradicionais folguedos, e conhecer a historia dos homenageados através da linha do tempo. “Nesse espaço damos as devidas honras a esses gênios que o nosso estado presenteou ao mundo. É uma forma de promover um exército de resgate do sentimento de pertencimento. Temos que valorizar nossas tradições, ter orgulho da nossa terra e reconhecer o valor cultural de Alagoas”, declarou Mellina Freitas. Durante o evento, familiares dos personagens destacados na exposição receberam homenagens pela relevância do trabalho cultural desenvolvido pelos artistas.

Maestro Egildo Vieira seria reconhecido este ano pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Cultura, como Patrimônio Vivo de Alagoas. Maestro Egildo faleceu no final do mês de julho, deixando uma lacuna na cultura alagoana e um legado imensurável de arte e criatividade. Com uma mente brilhante, produzia instrumentos inusitados usando a cabaça como matéria-prima. Nos últimos anos, Egildo se dedicou ao Conservatório de Música de Piranhas e abrilhantou os eventos como criador e maestro do Grupo Armorial. A viúva de Egildo, Dona Neném recebeu da secretária da Cultura, Mellina Freitas, e do presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, desembargador Washington Luiz, uma homenagem pelo legado do saudoso maestro Egildo. “Egildo tinha muitos sonhos para a cultura de Alagoas, ações como está mostram que nossos gestoras estão comprometidos para a realização destes sonhos”, disse a viúva emocionada. Giso Santos, membro do GMAP, recordou os ensaios com o maestro. “Egildo tinha uma mente brilhante e sentia prazer em nos repassar sua arte”.

Pedro Teixeira foi educador, folclorista e grande conhecedor da nossa cultura. Carregou consigo a paixão pelas mais belas tradições de nossa terra. Incentivador e criador de grupos folclóricos, desde o pastoril, passando por guerreiros, maracatus,baianas, negras da costa e reisado. Escreveu hinos de vários municípios e escolas, como os de Chã Preta e Quebrangulo; e publicou vários livros, como “Folclore: música, dança e torneio”, “Advinhas”, “Pastoril” e “Adivinhações e Superstições”. Dedicou sua vida em perpetuar, manter e expandir a Cultura Popular Alagoana. Os parentes de Pedro Teixeira Célio Rebelo e Vitor Canuto receberam homenagens pela relevância cultural do “Professor do Folclore”. “Nos sentimos honrados de participar deste momento tão importante para a cultura alagoana. Pedro Teixeira teve uma vida dedicada aos folguedos e fortalecimento nas manifestações populares”, falou o vereador de Chã Preta, terra natal do folclorista, Victor Canuto.

A exposição também comemora três décadas da criação da Associação dos Folguedos Populares de Alagoas (Asfopal), a mais antiga associação de cultura popular em atividade de Alagoas, que reúne grupos de Guerreiro, Pastoril, Baianas, Banda de Pífanos, Maracatu, Taieira, entre outros. A Asfopal tem como objetivo preservar, valorizar e divulgar a riqueza e a diversidade da cultura popular de Alagoas, além de fomentar a criação de novos grupos e dar continuidade às autênticas tradições.Integrante da associação, Josefina Noaves foi homenageada por seu trabalho de fomento à cultura do estado de Alagoas. “Temos uma riqueza cultural, com vinte e nove folguedos registrados que devem ser preservados e difundidos”, ressaltou.

O desembargador Washington Luiz destacou o trabalho no âmbito cultural e social dos homenageados pela exposição. “São ícones da maior relevância para a cultura alagoana. Eram figuras ufanistas, que hoje, essas estrelas estão no céu aplaudindo e vibrando pelas conquistas dos nossos folguedos. Parabéns à Asfopal pela dedicação e apoio imensurável ao nosso folclore”.

Nesta quinta-feira (20) e sexta-feira (21), o espaço recebe apresentações culturais especiais. A exposição fica aberta ao público até o dia 31 de agosto, no Memorial à República, no Jaraguá.

Fonte: Agência Alagoas

Veja Mais

Deixe um comentário

Vídeos