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Bispo Filho

Bispo Filho é Administrador de Empresas e Estudante de Jornalismo.

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Guerra urbana em Alagoas – Violência não é apenas um problema de Polícia!!!!

A Constituição de 1988 estabeleceu que o Estado é o responsável pela preservação da integridade física e patrimonial das pessoas. Todos os brasileiros e estrangeiros residentes no país e mesmo àqueles que estejam de passagem pelo território nacional possuem o direito a esta proteção. Mas será que somente o Estado é o responsável pela preservação da ordem pública?

Os vários segmentos que constituem a sociedade possuem objetivos em comum, e vivem sob o manto de um conjunto de regras que foram previamente estabelecidas. O Estado tem um dever para com os administrados, mas todas as pessoas são responsáveis pela preservação da ordem pública em seus diversos aspectos: segurança pública, salubridade e tranqüilidade.

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As pessoas querem segurança e clamam por políticas sociais e a melhoria das condições de vida. A falta de distribuição de renda e a implantação de políticas educacionais que possam atender as necessidades da população são questões que devem ser enfrentadas na busca da diminuição da violência.

A pobreza não justifica a prática da violência. O rico e o pobre devem cumprir a lei e esta deve ser igual para todos, sob pena de se cometer injustiças. Mas as pessoas também possuem o direito a uma vida com dignidade, que está representada por uma real possibilidade de crescimento profissional e econômico.

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Este ano o número de assassinatos em Alagoas, segundo o Núcleo de Estatística e Análise Criminal da Secretaria de Segurança Pública, já subiu – em comparação com 2015.

De janeiro a setembro, segundo o Núcleo de Estatística, já houve vinte e um assassinatos a mais do que em igual período do ano passado: subiu de 1.344 para 1.365 assassinatos.

Nas ruas de nossa Capital, existe atualmente uma guerra urbana onde muitos saem para o trabalho diário, mas não sabem se irão retornar para o lar e para as suas famílias. A prática de homicídios, roubos, seqüestros, rebeliões, e agora tambem onibus queimados, não é mais um fato isolado que possa motivar alguma surpresa quando apresentado nos noticiários.

As famílias estão cada vez mais trancadas em suas residências, e os muros altos, as grades elétricas, e a presença de seguranças, não significam necessariamente um salvo conduto contra os criminosos.

A dúvida que surge e que precisa de uma solução está representada pela seguinte indagação, o que fazer?

A resposta não é simples e passa por vários setores, sendo os principais: a geração de empregos, a distribuição de rendas, saúde, educação, controle de natalidade, habitação, entre outros.

O distanciamento do Estado e a falta de uma participação efetiva da sociedade são questões que devem ser estudadas para se evitar o crescimento da violência em determinados grupos sociais, que são mais carentes e muitas vezes vivem na marginalidade. As limitações sociais não justificam a violência, mas todos possuem o direito a uma vida com dignidade, que é diverso de uma vida marcada por luxos. A dignidade humana é um direito assegurado a todos os cidadãos, art. 1º, inciso III, da CF.

As pessoas não querem apenas cestas-básicas ou uma ajuda emergencial. O trabalhador precisa de um emprego e oportunidades para que possa crescer, constituir sua família e possuir um teto para se abrigar das intempéries e ter o seu merecido descanso após o cumprimento de sua jornada diária na lida.

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A solução existe e está ao alcance de todos, mas é preciso a união do Estado e da sociedade para que a liberdade, a fraternidade, e a solidariedade, sejam uma realidade nesta nossa bela Maceió “Paraíso das  Águas”, que é formada por pessoas que a amam e acreditam na sua potencialidade e sabem que a violência pode e será vencida.

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