Disney se recusa a cortar cena gay de ‘A Bela e a Fera ‘

Reproduçãobeijo gay

A versão live-action de A Bela e a Fera estreia nos cinemas nesta quinta-feira (16) envolto em polêmica.

Depois de enfrentar resistência na Rússia, a Disney recebeu um pedido do Conselho de Censura de Cinema da Malásia para que a cena anunciada como “exclusivamente gay”, protagonizada pelo personagem LeFou, fosse cortado do filme.

Na Malásia, país asiático com cerca de 30 milhões de habitantes, a homossexualidade é condenada sob sistemas de justiça federais e religiosos. As punições podem incluir chicoteamento e até prisão.

No cinema, personagens gays podem ser retratado desde que se “arrependam” de sua orientação sexual ou morram na trama.

O pedido de corte foi recusado de imediato pela Disney.

Para quem não acompanhou a polêmica em torno da tal cena, no início de março, o diretor da Bill Condon (Dreamgirls) revelou que a versão com atores da animação clássica de 1991 aborda também a homossexualidade do personagem LeFou (Josh Gad), ajudante do antagonista Gaston (Luke Evans).

Numa entrevista à revista Attitude, ele contou:

Le Fou é alguém que em um dia quer ser Gaston e no outro quer beijar Gaston. Ele está confuso sobre o que quer. É alguém que está começando a descobrir que tem esses sentimentos. E Josh faz algo realmente sutil e delicioso com o personagem, e isso é recompensado no final, que eu não vou contar. Mas é um momento bacana e exclusivamente gay em um filme da Disney.

A declaração gerou controvérsia em países intolerantes à causa gay.

Questionado pela revista People sobre a polêmica em torno de seu personagem, o ator Josh Gad deu uma declaração de apoio ao filme.

Acho que já falamos tudo o que era necessário sobre isso, incluindo as pessoas que ainda não viram o filme e já fizeram julgamentos. O que eu vou dizer é que esse filme é de inclusão, que tem algo a oferecer para todo mundo. Há temas nele que eu realmente acho muito importantes e provavelmente o mais importante é: nunca julgue um livro pela sua capa.

A recusa imediata da Disney em cortar a cena com LeFou não é garantia que os espectadores da Malásia terão acesso à versão original do filme. Isso porque o estúdio adiou a estreia da produção nos cinemas do país para 31 de março.

De acordo com a Billboard, esse adiamento pode significar mais tempo Conselho de Desenvolvimento da Disney mais tempo para se decidir se o filme sofrerá alguma alteração ou não.

Fonte: HuffPost Brasil

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