Morador de rua agredido por guarda municipal em SP teve pulso quebrado


Samir Ahamad, de 40 anos, o morador de rua que foi agredido por guardas municipais de São Paulo ontem (3/5), teve o punho quebrado. Ele começaria a trabalhar hoje, como servente de pedreiro. A agressão aconteceu  nas proximidades da estão do metrô Metrô Conceição, na Zona Sul de São Paulo. As agressões aconteceram durante uma operação da prefeitura para recolher objetos deixados por moradores de rua e ganharam repercussão porque foram gravadas em vídeo pelo estudante de jornalismo Marcos Hermanson, que passava pelo local.

Samir foi detido e levado para o 35º Distrito Policial. Ao perceber que ele estava com dor, o delegado decidiu encaminhá-lo ao hospital e não ouvir seu depoimento. Samir afirmou que passará 4 meses com o brasço enfaixado e terá de fazer uma cirurgia. E garante que isso não vai fazer com que desista do emprego. “Nunca! Porque eu tenho a minha vida ainda. A vida não para e tem que tocar ela para a frente”, disse.  Samir e a mulher, que tiveram os pertences levados pela Guarda Municipal moram há 8 anos na rua. Ontem, encaminhados pela Pastoral da Rua, passaram a noite em um centro de triagem da Prefeitura de São Paulo.

O delegado responsável pelo caso disse que vai anexar as imagens feitas pelo estudante ao inquérito. Ele deve investigar o GCM que agrediu Samir por abuso de autoridade e lesão corporal. A corregedoria geral da Guarda Civil Metropolitana afirmou que vai apurar a conduta dos agentes e que eles serão afastados das atividades operacionais temporariamente. Já a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania e a Secretaria Municipal de Segurança Urbana disseram que a conduta dos Guardas Civis Metropolitanos envolvidos na abordagem não condiz com a política e com a orientação da Prefeitura de São Paulo. A Secretaria de Direitos Humanos garantiu ai acompanhar a investigação.

Fonte: Correio24horas

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