Professor de cursinho e universitário planejaram morte de jovem no Pontal

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A Secretaria de Segurança Pública (SSP) apresentou, na manhã desta terça-feira (29), na sede da SSP, o resultado das investigações que levaram a prisão de duas pessoas suspeitas de matar João Vitor Dantas Vasconcelos, na Avenida Alípio Barbosa, no Pontal, no dia 27 de março. Um dos presos é professor de cursinhos pré-vestibular na capital alagoana.

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As prisões ocorreram no dia 18 de agosto, mas só agora foram divulgadas pela cúpula da Segurança Pública. De acordo com o delegado Fábio Costa, coordenador da Delegacia de Homicídios, o crime foi elucidado, mas há ainda outras três pessoas que estão foragidas.

Os cinco teriam tramado e executado a morte de João Vitor Dantas após montarem o cenário de um suposto assalto que terminou em morte. A versão, porém, foi descartada pela polícia de imediato. Segundo o delegado, o objetivo era transmitir a ideia de que João Vitor havia sido abordado por um “assaltante”e reconhecido como membro de uma facção criminosa, o que não houve.

Ainda segundo o delegado, Thiago Fernando Fonseca de Lima, o educador e amigo da vítima, é a pessoa que teria maior interesse na morte do rapaz. Ele, junto com os outros três universitários: Hugo Marcel Marques Felix, Valmir Vieira dos Santos e Bruno Ricardo Santos Amorim, planejaram como seria cometido o assassinato, executado pelas mãos de Jonatas Santos da Silva (que está preso).

Jonatas se fez passar por assaltante, abordou e matou a vítima assim que ela transitava com Hugo e alguns amigos no Pontal com dois disparos na cabeça. Os outros três permanecem foragidos. “Todos eram amigos, o Hugo é que havia levado à vítima junto com outros amigos até o local do homicídio, mas estes de nada sabiam. Hugo passou ainda a localização para Jonatas Santos que fez a abordagem e os disparos”, diz o delegado.

Motivação

O motivo seria o fato de Thiago Fernando ter se desentendido com João Vitor uma semana antes. Os envolvidos se aliaram a Thiago para cometer a revanche. O delegado informa também que cada um deles tinha uma motivação extra para desejar a morte de João Vitor, entre brigas pessoais e disputas por ex-namoradas.

Paralelo a isso, o professor Thiago Fonseca e o universitário Hugo Marcel Marques mantinham um comércio ilegal de venda de cocaína e êxtase em festas de música eletrônica realizadas na capital. Hugo, por exemplo, possui passagem na polícia por porte ilegal de arma de fogo.

Presos por homicídio

Além da elucidação desse caso, a SSP apresentou ainda outros seis presos por crimes contra a vida em Alagoas. Veja a lista abaixo:

Djavan José dos Santos Silva, de 24 anos, vulgo “Dija”, foi preso no dia 18 de agosto, no Clima Bom, pelo assassinato de Jackson Alves Cavalcante Junior.

Carlos Henrique Ferreira de Andrade, de 23 anos, vulgo “Chocolate” e Natanael Santos da Silva foram presos no dia 18 de agosto no Vergel, junto com um adolescente de 17 anos. Os três são suspeitos de planejarem e executarem a morte de Talisson Romão dos Santos, de 24 anos.

Alex Lopes Calheiros de Mendonça, de 25 anos, foi preso no dia 22 de agosto, na Serraria, pelo assassinato de Anderson Berlindo dos Santos Alves.

Eduardo Alves da Silva, de 20 anos, vulgo “Dudu”, foi preso no dia 26 de agosto, no Vergel, suspeito de ter assassinato Alisson Ricardo dos Santos e Pedro Henrique da Silva Sancho, na Praia da Ponta Verde. Outras duas pessoas envolvidas nesse mesmo crime já haviam sido presas e apresentadas pela cúpula da segurança em maio deste ano.

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