Polícia e MP realizam operação para cumprir mandados de prisão contra policiais que extorquiam

Grupo levantava informações de pessoas envolvidas com atividades ilícitas e passava a exigir quantias em dinheiro para não efetuar prisões.

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A polícia do Rio e agentes do Ministério Público estão nas ruas na manhã desta terça-feira (5) para cumprir seis mandados de prisão contra quatro policias civis e outros dois suspeitos que atuavam como informantes dos agentes. Segundo as investigações, o grupo levantava informações de pessoas envolvidas com atividades ilícitas e passava a exigir quantias em dinheiro para que estas não fossem presas em flagrante.

A ação, que também visa cumprir 19 mandados de busca e apreensão, é realizada pela Subsecretaria de Inteligência da Secretaria Estadual de Segurança e o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ).
Os seis foram denunciados pelo MPRJ por organização para atividade criminosa, extorsão mediante sequestro, usurpação de função pública e corrupção. Os mandados são contra os policiais Carlos Tadeu Gomes Freitas Filho, 33 anos, Xavier Fernandes Coelho, 50 anos, Rafael Ferreira dos Santos, 37 anos e Delmo Fernandes Baptista Nunes, de 57 anos. Na casa de Rafael a polícia apreendeu R$ 40 mil em dinheiro.
De acordo com as investigações, os agentes usavam veículos, distintivos e a estrutura da corporação para extorquir os cidadãos em troca da não detenção pelos crimes. O esquema teve início quando os policiais eram lotados na 36ª DP (Santa Cruz) e continuou após a transferência do grupo para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Niterói, a partir de maio de 2017.
Um exemplo da atuação do grupo foi a extorsão contra uma mulher, proprietária de um carro Citroen C3. Avisados pelos informantes de que o veículo era produto de crime, os policiais foram até a residência da vítima, a abordaram e informaram que ela seria presa, caso não concordasse com o pagamento de R$ 10 mil ao grupo.
Segundo a denúncia, a organização criminosa atuava impondo “extremo terror”. Em muitos casos, a vítima da extorsão era levada para o interior da delegacia, sob o pretexto de ter sido flagrada praticando algum crime. Os policiais e os informantes ameaçavam e, em alguns casos, até agrediam fisicamente as vítimas para exigir delas e de seus familiares altas quantias em dinheiro em troca de sua liberação.

De acordo com as investigações, os policiais permitiam aos informantes o uso de distintivos e armas de fogo da polícia e até a direção de veículos da instituição para a prática dos crimes.

Fonte: G1

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