Caso Dyllan: Justiça determina liberdade provisória dos acusados

Reprodução FacebookJoice e Meydson são investigados na morte do pequeno Dyllan Taylor

Joice e Meydson são investigados na morte do pequeno Dyllan Taylor

O juiz Alfredo dos Santos Mesquita titular da 5ª Vara de Arapiraca expediu nesta quarta-feira, 4, alvará de soltura em favor de Joyce Silva Soares e Meydson Alysson da Silva, acusados na morte do garoto Dyllan Taylor Soares de apenas 3 anos, vítima de espancamento, no município de Arapiraca. O crime ocorreu em janeiro de 2016 e chocou o Estado.

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Em sua decisão, o juiz considera que houve “constrangimento ilegal na manutenção da prisão cautelar dos denunciados” já que as audiências de Instrução e Julgamento deixaram de ocorrer nas datas previstas porque os réus não foram conduzidos pelo sistema penitenciário, nem foi possível realizar as audiências dos mesmos através do sistema de videoconferência.

“Há, assim, evidente constrangimento ilegal na manutenção da prisão dos Denunciados, uma vez que estes não podem ser responsabilizados pela ineficiência do Estado, haja vista ser a liberdade a regra, diante do princípio da presunção de inocência e da dignidade da pessoa humana. Assim, não há outra solução que não seja a concessão de liberdade provisória aos acusados”, diz o magistrado na decisão.

Cortesia/ TV Ponta Verde/ArquivoJoyce Soares acusada de causar morte do filho

Joyce Soares acusada de causar morte do filho

De acordo com a Justiça, Meydson estava preso desde o dia 21 de janeiro de 2016 e Joyce teria sido presa cerca de um mês depois, quando se apresentou acompanhada de um advogado, no Complexo de Delegacias Especializadas (Code).

Mesquita disse ainda que os dois estão proibidos de deixar a comarca e determinou que comuniquem qualquer mudança de endereço e que compareçam aos atos para os quais sejam intimados. O juiz marcou audiência de instrução e julgamento para o dia 25 de janeiro de 2018.

Relembre o Caso:

Seu filho, Dyllan Taylon Soares, de 3 anos, foi encontrado morto no dia 21 de janeiro de 2016, em sua casa, na cidade de Arapiraca. A família do menino informou as autoridades policiais que Dyllan tinha falecido após ser medicado por um funcionário de uma farmácia. Contudo, a versão foi desmentida pelo laudo da necropsia emitido pelo Instituto Médico Legal de Arapiraca.

Conforme a Perícia Oficial de Alagoas (Poal), instrumentos contundentes provocaram as lesões corporais no garoto, que morreu em decorrência de hemorragias intracraniana e intra-abdominal. Após o resultado, a Polícia Civil deu início as investigações para descobrir se o garoto morreu em decorrência de maus tratos ou o uso inadequado de medicamento, como informado pelos responsáveis pela criança.

Joyce foi apontada como responsável pelas agressões, passou um tempo sendo procurada pela Polícia e se entregou à Polícia um mês após o crime, com visual diferente do habitual.

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