Deputado estadual, Luiz Dantas
Dois dias após ver o nome da família Dantas envolvida em episódios de violência, o deputado estadual Luiz Dantas (PMDB) se pronunciou pela primeira vez sobre os acontecimentos através de nota oficial. Contudo, a postura adotada foi de manter silêncio sobre a morte de Adelmo Rodrigues de Melo, o Neguinho Boiadeiro, e o atentado sofrido por seu sobrinho José Emílio Dantas até que as forças policiais concluam as investigações.
A nota, emitida à imprensa neste sábado, 11, também ressalta que o parlamentar confia no trabalho da polícia, do Governo e da Justiça do estado de Alagoas para elucidar os crimes e punir os responsáveis pelos fatos.
“Diante dos acontecimentos profundamente lamentáveis, ocorridos em Batalha, expresso a minha posição de permanecer em silêncio, aguardando a conclusão das investigações. Eu confio na polícia, no governo e na Justiça do meu Estado, no sentido de elucidar os fatos criminosos e punir seus responsáveis na forma da lei”, diz o deputado na nota.
Na última quinta-feira, 09, a cidade de Batalha virou um verdadeiro campo de guerra após o vereador Neguinho Boiadeiro ser assassinado no momento em que deixava a sede da Câmara dos Vereadores do município. No dia, moradores da cidade relataram ao Alagoas 24 Horas que ouviam tiros pela cidade e por conta disto resolveram se trancar em suas casas.
Horas depois do assassinato, José Emílio Dantas, desafeto da família Boiadeiro, foi baleado no ombro. Ele acusa Baixinho Boiadeiro, filho do vereador assassinado, de ser o autor dos disparos de arma de fogo.
Já a família Boiadeiro aponta a prefeita Marina Dantas e seu marido, Paulo Dantas, ex-prefeito da cidade, como os responsáveis do crime.
Há o registro de outros dois feridos no município. O segurança particular do vereador, Joaquim Lins Pirauá Neto, de 55 anos, que é policial civil, e José Elson Oliveira da Silva, de 26 anos, que levou um tiro de raspão no braço.
O aparelho de segurança do Estado tenta conter a violência ocupando o município com várias forças policiais. A direção da Polícia Civil de Alagoas já designou uma comissão especial de delegados para investigar os crimes e os assassinos já teriam sido identificados, sendo dois elementos que chegaram à cidade no dia anterior distribuindo panfletos.
Rixa
As famílias Dantas e Boiadeiro não se entendem desde a morte do ex-prefeito da cidade, José Rodrigues Dantas, conhecido como “Zé Miguel”, em 1999. O ex-prefeito e sua mulher Matilde Tereza Toscano de Souza seguiam para a cidade de Jaramataia quando o veículo do casal foi metralhado. Zé Miguel foi atingido por nove tiros e sua esposa por sete.
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