Polícia Civil inicia investigações sobre confusão envolvendo BPTran e funcionário da OAB

Alagoas24Horas/ArquivoDelegado do 6º Distrito Policial, Robervaldo Davino

Delegado do 6º Distrito Policial, Robervaldo Davino

O delegado Robervaldo Davino, titular do 6º Distrito Policial, iniciou as investigações sobre a ação de um policial do  Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran) que baleou o funcionário da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), José Geovanio da Graça, durante uma confusão em frente ao Fórum do Barro Duro. 

“O caso aconteceu na circunscrição do 6º DP. Nossa função é investigar e apresentar os responsáveis à Justiça. Recebemos o caso da Central de Flagrantes e instauramos o inquérito policial, que deve ser concluído em 30 dias. Então, intimamos os envolvidos e aqueles que presenciaram o fato. Pedimos ainda que a OAB informe oficialmente se a vítima é funcionário da Ordem e a PM quais eram os policiais que estavam trabalhando naquele momento”, explicou o delegado.

Nesta quarta-feira, 06, José Geovanio e mais três testemunhas foram ouvidas pelo delegado. Em depoimento, a suposta vítima informou que após ser baleado, os próprios militares efetuaram o socorro e o trajeto utilizado para chegar ao Hospital Geral do Estado (HGE) foi bem maior do que o habitual. “Ele falou que os policiais utilizaram um trecho maior para chegar ao hospital. No entanto, isto ainda será investigado”, disse Robervaldo Davino.

A guarnição policial, envolvida na confusão, já foi ouvida na Central de Flagrantes, na segunda-feira, 04, mas deverá ser convocada pelo delegado Robervaldo Davino para prestar depoimento novamente no 6º DP.

Na ocasião, o policial – acusado de atirar em José Geovanio – contou ao delegado plantonista que a ação foi motivada pelo fato da vítima está armada com uma faca e ameaçar os policiais. “O policial não só falou que José Geovanio  estava com a faca como também a apresentou na Central de Flagrantes. É uma faca pontiaguda, parece faca de mesa, mas é preparada para atividade diferente que esta”, informou o delegado.

Caso seja contatado que o policial atingiu o funcionário da OAB de forma proposital, o militar deve responder por lesão corporal gravíssima. “Se tivesse evidências de que o policial atirou para matar seria tentativa de homicídio, mas como a gente observa, o disparo foi feito na perna. Então, todos nós sabemos que um tiro na perna dificilmente irá ceifar a vida de um cidadão. A não ser que venha atingir a veia femural e não tenha o socorro a vítima pode vir a falecer pela hemorragia, mas dificilmente irá morrer com um tiro na perna. Consequentemente, no máximo será uma lesão corporal gravíssima se a vítima ficar com sequelas”, finalizou Robervaldo Davino.

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