Mutirão de audiências na 2ª Vara de União agiliza processos da área de família

Maioria dos casos envolveu guarda, alimentação e divórcio; força-tarefa fez parte das ações da I Semana da Consciência Negra, que segue nesta sexta (23) com palestras na Esmal

Caio Loureiro

Juiz Yulli Roter conduziu a audiência da senhora Maria Quitéria da Silva, que ficou com a guarda da neta.

A 2ª Vara de União dos Palmares deu continuidade, nesta quinta-feira (22), ao mutirão de audiências envolvendo processos da área de família. A força-tarefa fez parte das ações da I Semana da Consciência Negra, promovida pelo Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec).

Quinze audiências foram agendadas para hoje, entre elas a da senhora Maria Quitéria da Silva. Ela já cuidava da neta de seis anos e foi ao Fórum com a filha oficializar a guarda da criança. O pai da menina também foi intimado, mas não compareceu. “Graças a Deus resolvemos o problema. Saio daqui satisfeita”, disse.

Na quarta-feira (21), ocorreram nove audiências, sendo que sete terminaram em acordo. “A maioria dos casos envolveu guarda, alimentação e divórcio”, explicou o juiz Yulli Roter, titular da unidade, ressaltando que nas audiências foi utilizada a técnica da Constelação Familiar, método que busca a resolução dos conflitos em sua origem.

“A pessoa entra, por exemplo, com uma ação de alimentos que costuma gerar outros processos revisionais. A intenção é obter não apenas o acordo, mas resolver o conflito, possibilitando a redução no número de processos”, destacou o magistrado.

Palestras

A I Semana da Consciência Negra segue nesta sexta-feira (23) com palestras na Escola Superior da Magistratura de Alagoas (Esmal). O encontro tem como objetivo debater a utilização das constelações sistêmicas no Poder Judiciário.

“O conflito começa com uma exclusão, e a Semana da Consciência Negra traz para a gente uma consciência das pessoas, sobretudo daquelas que sofreram e sofrem discriminação”, afirmou Yulli Roter.

Confira abaixo a programação:

9h – Ações sistêmicas no Judiciário alagoano – juiz Cláudio José Gomes Lopes (coordenador do Nupemec/AL);

9h45 – A postura sistêmica na advocacia – Flávia Padilha (advogada/AL);

10h30 – A Importância da ancestralidade no empoderamento pessoal: a força de nossas origens – juíza Juliana Batistela (consteladora familiar/AL);

11h45 – Práticas Sistêmicas no Direito – Clara Shnaider Sivek (pedagoga e pós-graduanda em Direito Sistêmico/SP);

14h – A utilização da Constelação Sistêmica como instrumento da Mediação – Moacyra Rocha (assessora do Nupemec/AL);

14h45 – As constelações familiares: Evolução e aplicações – Lia Bertuol (consteladora familiar/RS);

15h30 – Constelação familiar sistêmica segundo Bert Hellinger – Janine Ferro Lobo (psicóloga, consteladora familiar e pós-graduanda em Direito Sistêmico/AL);

16h15 – A visão sistêmica sobre a paz e a justiça – juiz Yulli Roter Maia/AL;

17h – Encerramento.

Fonte: Dicom / TJ-AL

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