Perito criminal de Alagoas produz reagente para detectar manchas de sangue

Com menor custo e maior facilidade de manuseio solução apresenta alta eficiência.

Ascom / Poal

Perito criminal de Alagoas produz reagente para detectar manchas de sangue

O farmacêutico e perito criminal Ken Ichi Namba do Instituto de Criminalística de Alagoas (IC) começou a produzir no Laboratório Forense da unidade um reagente especial para detectar manchas ocultas de sangue em vestígios e locais de crime. De baixo custo e alta qualidade, a produção do luminol alagoano representa eficiência nos trabalhos periciais e economia para os cofres públicos.

Integrante do Núcleo de Toxicologia Forense do laboratório, o perito criminal Ken Ichi Namba explicou que a fabricação do reagente ocorreu após a constatação de problemas de qualidade apresentados em lotes de um produto comercial pronto para uso muito conhecido no meio pericial. Além do produto comercial se deteriorar rapidamente, trazendo dúvidas sobre sua eficiência nos exames realizados, havia grandes dificuldades na sua reposição por ser um artigo importado.

Segundo o farmacêutico, esse tipo de reagente para detecção de manchas de sangue latente (oculta) funciona através de uma reação quimioluminescência. Ou seja, quando o perito aplica a solução de luminol em um local onde supostamente há sangue não visível, o reagente torna a mancha de sangue luminescente (a mancha irradia luz), muito bem visível no escuro.

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Perito criminal de Alagoas produz reagente para detectar manchas de sangue

“Esse reagente é utilizado pelo perito criminal para conseguir localizar manchas de sangue em locais e vestígios que sofreram processo de limpeza, estabelecer a dinâmica do crime, e coletar material biológico que pode ser da vítima ou do suspeito de praticar o ato delituoso. O material biológico coletado será posteriormente examinado no Laboratório de Genética Forense do IC para vincular o local do crime à vítima, e ao autor do fato,” explicou o perito.

Outra vantagem da produção local é o custo beneficio para o órgão estadual, visto que o kit importado adquirido ao preço de R$ 110,00 (cento e dez reais) possui uma quantidade suficiente apenas para aplicação no habitáculo de um automóvel pequeno. Enquanto que a mesma quantidade produzida no laboratório Forense de Alagoas custa somente R$10,00 (dez reais), ou seja, menos que 10% do custo do produto comercial pronto para uso.

“A produção própria desse tipo de reagente traz vários benefícios para a perícia alagoana, dentre eles seu baixo custo. Além disso, pensamos também em buscar a praticidade de preparação da solução por parte do perito criminal, onde todos os componentes a serem misturados já foram pré-determinados na quantidade correta, sem a necessidade de uma nova medição”, afirmou Ken Ichi Namba.

A solução desenvolvida pelo farmacêutico foi inicialmente testada em laboratório pela equipe do setor. Com a comprovação de sua eficiência, o reagente começou a ser utilizado em casos reais pelos peritos criminais do IC, em pericias que exigem a verificação da existência de vestígios ocultos de sangue em roupas, objetos ou lugares.

Fonte: Ascom / Poal

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