Flagrantes do interior do Estado são feitos na capital por falta de delegado

Durante toda a semana equipes pertencentes à Batalhões de Polícia Militar que atuam no interior do Estado tiveram que se dirigir até a Central de Flagrantes, no Pinheiro para registrar as prisões. Isso porque os delegados decidiram, em assembleia da categoria, somente atuar nas delegacias onde são titulares e cumprir as 40 horas de trabalho semanal determinadas pelo Estado. 

O presidente da Associação de Delegados de Polícia (Adepol), Robervaldo Davino, disse em entrevista à TV Ponta Verde que os delegados estão acumulando trabalho nas delegacias do interior, em plantões que ultrapassam 90 horas, por causa do déficit de profissionais para suprir a demanda. No entanto, os profissionais não estão recebendo para tal. “Não sou pago para isso. Sou pago para trabalhar em uma delegacia. E no momento em que o delegado assume mais de uma, tudo que ocorrer nestas recairá sobre ele, que acaba sem condições de prestar um serviço de qualidade”, argumenta.

O presidente da Adepol não sabe precisar quantos delegados aderiram à paralisação, mas acredita que é um número expressivo e que deve aumentar. Uma das alternativas apontadas pela categoria para resolver o problema é a realização de concurso público para suprir a demanda no interior.

Nesta quinta-feira, uma equipe da 4ª Companhia Independente da Polícia Militar, responsável pelo policiamento no município de Atalaia, precisou ir até a Central de Flagrantes para registrar a apreensão de uma arma de fabricação caseira. A equipes chegou à delegacia de plantão no início da tarde, já que não conseguiu registrar a ocorrência na delegacia da cidade.

A Secretaria de Segurança Pública ainda não se manifestou sobre a situação 00

 

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