Candidato à reeleição, Crivella faz ataques homofóbicos a Doria

O prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), e candidato à reeleição, xingou o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), de “vagabundo” e “viado” durante uma reunião do partido, na noite de quarta-feira (18), com filiados que disputaram a eleição para vereador.

O encontro aconteceu na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Alguns dos presentes na reunião estavam aglomerados e sem máscara.

Em um vídeo publicado em rede social, o atual prefeito da cidade diz: “Sabe de quem é essa OS [organização social]? Essa é de São Paulo, é do Doria, viado, vagabundo”. A gravação foi divulgada em uma conta pertencente a Sandro Avelar, presidente da escola de samba Império Serrano e apoiador do candidato Eduardo Paes (DEM), que disputa o segundo turno com Crivella.

O prefeito se referia às organizações sociais do Rio que atuam na área da Saúde, dizendo que o dinheiro recebido para pagar funcionários foi usado para quitar compromissos com os fornecedores. Algumas OSs que atuam no Rio têm sede em São Paulo.

Em nota enviada ao G1 na manhã desta quinta (19), o candidato à reeleição pediu desculpas ao governador.

“A fala foi um momento de revolta pela OS reter o salário de médicos e enfermeiros mesmo tendo recebido da prefeitura. Em tempos de pandemia isso pode custar vidas. Marcelo Crivella pede desculpas pelos excessos, e ao governador João Doria”, diz a nota.

Pelo Twitter, o governador de São Paulo comentou a fala de Crivella.

“Lamento que o prefeito do Rio de Janeiro, um pastor que deveria ser um exemplo, faça ataques, use palavrões e o preconceito para se referir a um governador. O prefeito Crivella se apequena e lamentavelmente encerra seu ciclo de forma melancólica.”

Falta de pagamento
Na quarta-feira (18), funcionários do Hospital Municipal Evandro Freire, na Ilha do Governador, reclamaram que não receberam nem 30% do salário este mês.

A unidade é administrada pela OS Cejam, que tem sede em São Paulo.

Vários contratos firmados com organizações sociais durante a pandemia de Covid-19 são investigados e motivaram operações policiais no Rio.

Uma delas – Operação Tris in Idem – levou ao afastamento de Wilson Witzel e à prisão de vários envolvidos, entre eles, o ex-secretário de Saúde Edmar Santos.

Santos virou réu em ação sobre fraude na compra de respiradores de Covid e é apontado como um dos chefes da quadrilha que atuava dentro da Secretaria de Estado de Saúde.

Fonte: G1

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