‘Custo do voto’ no 2º turno das capitais vai de R$ 0,69 a R$ 65,52

Cálculo considera as despesas contratadas informadas ao TSE e o número de votos no 2º turno. Ottaci (SD), candidato que sofreu a maior derrota, em Boa Vista, foi o que mais gastou a cada voto. Veja 'top 5'.

Proporcionalmente, o candidato que gastou mais dinheiro por voto no 2º turno das eleições nas capitais do Brasil superou em quase 100 vezes o que gastou menos. O “custo do voto” variou entre R$ 0,69 e R$ 65,52.

O G1 fez o seguinte cálculo: dividiu as despesas contratadas declaradas pelos candidatos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelos votos recebidos por eles neste domingo (29).

Veja abaixo os 5 candidatos com a maior e com a menor proporção entre os gastos contratados e os votos recebidos no 2º turno. A lista completa está no final desta reportagem.

Como o prazo para a prestação de contas final se encerra apenas em 15 de dezembro, os números ainda podem ser modificados.

A menor proporção de gasto por voto foi do Delegado Federal Eguchi (Patriota), derrotado em Belém, que declarou R$ 251.686,89 de despesas contratadas e teve 364.095 votos (R$0,69 por voto).

O adversário de Eguchi, Edmilson (PSOL), teve o 8º voto mais barato das capitais neste 2º turno, com 390.723 eleitores e R$ 1.289.993,19 contratados (R$ 3,30 por voto).

O voto “mais caro” foi de longe o de Ottaci (Solidariedade), derrotado em Boa Vista. Ele declarou R$ 1.312.586,75 e teve 20.032 votos (R$ 65,52 por voto).

Otaci também sofreu a maior derrota percentual no 2º turno. Ele teve apenas 14,64%, contra 85,36% de Arthur Henrique (MDB), que gastou R$ 16,91 a cada voto recebido.

Cuiabá foi a cidade com a maior diferença entre gasto por voto entre os dois candidatos. A cidade teve o 2º candidato com voto mais caro do país – Emanuel Pinheiro (MDB), que se elegeu com uma proporção de R$ 39,20 por voto.

O adversário, Abílio (Podemos), teve proporção de R$ 2,56 – o 5º “mais barato” das capitais.

No primeiro turno de 2020, o custo do voto dos prefeitos eleitos variou de R$ 4,24 a R$ 65,10.
No segundo turno de 2016, o custo do voto no 2º turno foi de R$ 28,10 a R$ 0,70.

Veja a proporção entre gastos contratados e votos alcançados no 2º turno de todos os candidatos das capitais do Brasil em 2020:

Belém – DEL. FED. EGUCHI (PATRI) – R$ 0,69
Porto Velho – CRISTIANE LOPES (PP) – R$ 1,31
Goiânia – MAGUITO VILELA (MDB) – R$ 1,47
São Paulo – GUILHERME BOULOS (PSOL) – R$ 1,58
Cuiabá – ABILIO (PODE) – R$ 2,56
Teresina – DR. PESSOA (MDB) – R$ 2,78
Belém – EDMILSON (PSOL) – R$ 3,30
Rio Branco – SOCORRO NERI (PSB) – R$ 3,31
Porto Velho – HILDON CHAVES (PSDB) – R$ 3,59
Rio de Janeiro – EDUARDO PAES (DEM) – R$ 3,86
Porto Alegre – SEBASTIÃO MELO (MDB) – R$ 4,40
Rio de Janeiro – CRIVELLA (REPUBLICANOS) – R$ 4,95
João Pessoa – NILVAN FERREIRA (MDB) – R$ 5,10
Manaus – AMAZONINO MENDES (PODE) – R$ 5,12
Fortaleza – CAP. WAGNER (PROS) – R$ 5,24
Manaus – DAVID ALMEIDA (AVANTE) – R$ 5,29
São Luís – EDUARDO BRAIDE (PODE) – R$ 5,51
São Paulo – BRUNO COVAS (PSDB) – R$ 6,14
Porto Alegre – MANUELA (PCdoB) – R$ 6,17
Fortaleza – SARTO (PDT) – R$ 8,79
São Luís – DUARTE (REPUBLICANOS) – R$ 8,94
João Pessoa – CICERO LUCENA (PP) – R$ 9,06
Maceió – ALFREDO GASPAR (MDB) – R$ 9,11
Goiânia – VANDERLAN CARDOSO (PSD) – R$ 10,04
Maceió – JHC (PSB) – R$ 12,00
Recife – MARÍLIA ARRAES (PT) – R$ 13,23
Vitória – DEL. PAZOLINI (REPUBLICANOS) – R$ 15,39
Boa Vista – ARTHUR HENRIQUE (MDB) – R$ 16,91
Teresina – KLEBER MONTEZUMA (PSDB) – R$ 17,76
Recife – JOÃO CAMPOS (PSB) – R$ 18,44
Aracaju – EDVALDO (PDT) – R$ 21,03
Aracaju – DEL. DANIELLE (CIDADANIA) – R$ 21,75
Vitória – JOÃO COSER (PT) – R$ 25,99
Cuiabá – EMANUEL PINHEIRO (MDB) – R$ 39,20
Boa Vista – OTTACI (SD) – R$ 65,52

* A declaração de despesas contratadas de Tião Bocalom (PP), de Rio Branco, consta como R$ 0 do site do TSE

Fonte: G1

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