Governo determina suspensão das festas de Réveillon em Alagoas

Medida foi anunciada durante pronunciamento realizado no início da tarde desta quinta (3), pelo secretário Alexandre Ayres.

As festas de Réveillon estão suspensas em Alagoas. O anúncio foi feito pelo secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres, durante pronunciamento realizado no início da tarde desta quinta-feira (3), na sede da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). Segundo Ayres, qualquer festa que tenha mais de 300 pessoas não poderá acontecer, como prevê a Fase Azul do Plano de Distanciamento Social Controlado do Governo do Estado, instituído pelo Decreto Nº 70.145, de 22 de junho de 2020, tornando inviável os principais eventos de fim de ano em Alagoas.

Ascom Sesau

Secretário anunciou suspensão das festas de Réveillon em Alagoas.

A medida, recomendação do Ministério Público Estadual (MPE) e que já era prevista, acontece para prevenir novos contágios do coronavírus no estado. Segundo o secretário, o cumprimento do decreto será exigido. “Não há possibilidade de realização de eventos em Alagoas, no final do ano, com capacidade de mais de 300 pessoas. (…) Estamos vivendo um momento de pandemia e as festas não poderão acontecer”.

Ayres garantiu que, antes do anúncio oficial, representantes do governo se reuniram com os empresários responsáveis pelas principais festas de Réveillon em Alagoas, que teriam acatado de forma unânime a suspensão dos eventos.

Réveillon público suspenso

Nessa quarta-feira (2), após uma reunião envolvendo as equipe da Prefeitura de Maceió, do Governo do Estado, e do Ministério Público de Alagoas (MP/AL), além de representantes da iniciativa privada, foi determinado que a queima de fogos que tradicionalmente ocorre na orla de Maceió durante a festa de Réveillon seria cancelada. A medida acontece uma vez que a capital alagoana segue na Fase Azul, permitindo apenas eventos com até 300 pessoas para prevenir novos contágios do coronavírus.

Cidades do nordeste como Recife e Salvador também cancelaram eventos que poderiam ocasionar em aglomerações durante o Réveillon. A tradicional queima de fogos na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, também não irá acontecer neste ano.

Fiscalização

Questionado sobre a fiscalização dos eventos, uma vez que estes estavam marcados e haviam, inclusive, muitos ingressos vendidos, o secretário Alexandre Ayres garantiu que haverá fiscalização intensa, principalmente em festas clandestinas.

“Quem tentar burlar o decreto vai sofrer as reprimendas da lei, da autoridade sanitária estadual, que somos nós, e da força policial com o trabalho da Secretaria Estadual de Segurança”, advertiu.

Possibilidade de Fase Laranja

Apesar do discurso firme para garantir o cumprimento do decreto, Ayres garante que não há possibilidade de um eventual retorno à fase laranja do Plano de Distanciamento Social, o que ocasionaria em medidas mais restritivas para as atividades no estado.

“O reflexo desse crescimento no número de casos é decorrente das aglomerações políticas e da perda do medo por parte da população. Não há possibilidade do retrocesso”, garantiu.

Prejuízo para o turismo

Ainda durante o pronunciamento, o secretário Alexandre Ayres também frisou a perda que o setor de turismo sofre com a medida, uma vez que Alagoas atua como um dos principais destinos turísticos nos últimos meses do ano, tornando-se referência dentre os estados do Nordeste.

“Uma decisão muito dura e que atrapalha o segmento econômico do turismo. Isso é fato e conhecido por todos, mas temos que pensar na coletividade (…) no intuito de salvar vidas e proteger a nossa população, decidimos exigir o cumprimento do decreto vigente”, disse.

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