Mateus Carrieri sobre aprendizado com filhas: “Revejo comportamentos e falas machistas”

Aos 53 anos, ator afirma que sexualidade não deve ser encarada como tabu entre pais e filhos. Em entrevista, ele fala ainda do carinho por Jojo Todynho e maturidade

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Mateus Carrieri está focado na carreira de ator

Mateus Carrieri, 53 anos de idade, está cheio de energia neste início de ano e confiante com a abertura de novas oportunidades profissionais. Com a volta aos palcos com a peça O Vendedor de Sonhos prevista para março, o ator conta que seu 2020 foi bastante impactado por conta da pandemia do coronavírus. “Minhas profissões pararam. Parei de dublar, a peça parou”, afirma ele, que também é professor de educação física em um estúdio de São Paulo.

Com o ritmo de trabalho reduzido, Mateus aceitou o convite para participar de um reality show no fim de 2020 e ganhou notoriedade de um público que ainda não o conhecia por trabalhos na TV. Com a visibilidade, saltou de 15 mil para 2 milhões de seguidores no Instagram, em um intervalo de quatro meses. Feliz com o carinho que recebe do público, de crianças a idosos, ele não quer perder o foco: “Posso também ser influenciador, mas o que eu mais quero é ser ator, voltar a fazer novela”.

Pai do professor de pilates Kaike Carrieri, de 36 anos, e das estudantes Anna Chiara, 14 anos, e Anna Francesca, 13, ele não esconde seu lado coruja. A decisão de comentar a bissexualidade das meninas nas redes sociais teve o aval da garotas. “Era uma questão particular nossa e elas sabem que têm todo meu apoio”, disse o ator, que percebeu que a vida das filhas vinha sendo especulada, mas busca tratar o assunto sem tabus. “Chegaram a massacrá-las nos comentários por elas serem quem são. A galera acaba pegando pesado.”

Na educação das meninas, Mateus valoriza o diálogo. “Tive uma criação em que via o meu pai totalmente o machão da casa e minha mãe feliz da vida com aquela situação, que ela aprendeu como certa. Mas a gente tem que evoluir e se desconstruir”, diz. Chiara e Francesca são do casamento do ator com Kelly Sontag, sua ex-mulher. Kaike é de um relacionamento anterior.

No meio artístico desde a infância, Mateus iniciou na TV aos 7 anos, como jurado do Boa Noite, Cinderela, sucesso da década de 1970 comandado por Silvio Santos, com quem voltou a trabalhar no reality show Casa dos Artistas (SBT, 2001). A estreia em novelas veio em 1975, na extinta TV Tupi, com Um Dia, o Amor, seguido por sucessos em Éramos Seis (Tupi, 1977), Os Imigrantes (Band, 1981), Salomé (Globo, 1991) e Vira Lata (Globo, 1996). No SBT, atuou nas duas versões de Chiquititas. Entre 1997 e 1998, se destacou como Miguel, e em 2014, fez uma participação especial, como Luís.

Quem: Seu ano de 2020 acabou com grande movimentação. Quais seus planos para 2021?

Mateus Carrieri: Começo esse ano com muita esperança. 2020 foi um ano difícil para todos, um ano difícil para o mundo por conta da pandemia. Foi bem difícil para o setor cultural. Minhas profissões pararam. Parei de dublar, a peça parou. Era um ano bem preocupante. Porém, particularmente para mim, acabou bem. Fico até constrangido em falar isso porque, claro, foi um ano difícil para todos. Quando apareceu a oportunidade de participar de A Fazenda, eu estava sem emprego algum. Caiu como uma luva. Se o convite tivesse vindo em 2019, possivelmente não teria como aceitar porque estava viajando com a peça O Vendedor de Sonhos, que lota teatros.

Você achava que teria tantos seguidores?

Não. Achava que iria aumentar um pouco. Se eu passasse de 15 mil seguidores para 50 mil, eu já ia achar o máximo. Falo isso sinceramente, de coração. Quando saí, vi 1,9 milhão. Fiquei feliz, mas, ao mesmo tempo, me deu uma preocupação para melhorar meus conteúdos. Não tinha um olhar profissional nas redes. Postava o que vinha a minha cabeça. Não tinha preocupação com a estética, nem olhar comercial. Nunca me considerei um influencer, mas agora eu não posso negligenciar tanta gente que se interessou em me seguir e não me abandonou [com o fim do reality]. São números que continuam crescendo. Vou até ter uma aula de três horas para aprender a mexer porque postava no feed o que era para stories, postava no stories o que era para o feed, não sabia usar as hashtags. Agora estou com uma assessoria profissional, além de continuar com a Pepita me ajudando. Entreguei meu Instagram para a Pepita, minha amiga, com a intenção de não deixar a conta parada. De repente, ela se viu tendo que fazer um monte de coisas e aprendeu. Ela conseguiu a verificação da minha conta que eu ainda não tinha conseguido. Nem achava que fosse tão importante, mas hoje reparo que sem esse selinho de verificado você não faz nada. Quero abastecer bem [as redes sociais] e fazer disso uma fonte de renda também. Afinal, tenho agora mais de 2 milhões de seguidores. Porém, não quero tirar o foco da carreira de ator.

O trabalho como ator é seu principal objetivo?

Não quero tirar o foco da minha carreira de ator, que é o meu carro-chefe. É o que eu sou. Posso também ser influenciador, mas o que eu quero é ser ator, voltar a fazer novela. Estou esperando ansiosamente pela volta da peça O Vendedor de Sonhos. O retorno está marcado para 20 de março, no Teatro Liberdade, em São Paulo. Com o começo da vacinação, passo a achar que é uma data plausível, vamos ver como tudo se encaminha. O Vendedor de Sonhos é uma peça que faço desde 2018 e tem uma carreira longa pela frente. Para 2021, estamos com uma programação para todo o Nordeste, Portugal e Espanha. É só a pandemia deixar. Torço muito para que a campanha de vacinação seja eficaz e que as pessoas voltem a ter segurança para a vida. Inicialmente, vai ser tudo aos poucos, continuando com distanciamento social, capacidade do teatro reduzida, mas a gente precisa voltar.

E a vontade de fazer TV também é grande?

Sim. Não faço uma novela completa desde Louca aixão, na Record. Na Globo, a última que fiz foi Vira Lata. Mais recentemente, fiz Chiquititas, no SBT. Foi uma pequena participação nessa segunda versão. Na primeira, que era gravada na Argentina, fiz o Miguel, o pai da Mili [interpretada por Fernanda Souza], que era a protagonista e é bem lembrado por uma geração que era criança no fim dos anos 90. Morro de vontade de fazer novela de novo e também quero experimentar esse universo das séries. Por enquanto, já fechei a participação em curta-metragem, programado para ser rodado em março.

Além de atuar, você é formado em educação física e é professor de bike. Muita gente que te conhece da TV não sabia dessa profissão. Seus alunos, por sua vez, como receberam essa volta à mídia?

Dou aula em um estúdio muito legal de São Paulo e sou um exemplo aos alunos. Foi uma surpresa o engajamento deles e da Priscila, dona do estúdio. Meus alunos fizeram vídeos. Havia deixados algumas aulas gravadas e os alunos gravaram mensagens enquanto eu estava confinado. Tenho alunos de 20 a 50 anos. Quando voltei, foi uma festa. Fiz uma aula especial depois do Natal. E, depois do Réveillon, já retomei as aulas em alguns horários. É meu ofício e quero continuar com ele. Talvez, não consiga dar tantas aulas quanto antes, mas vou continuar.  Alguns alunos talvez não soubessem da minha carreira como ator e agora eles sabem dela. Tudo vejo como positivo.

Mateus Carrieri é professor de bike indoor (Foto: Reprodução/Instagram)

Mateus Carrieri é professor de bike indoor (Foto: Reprodução/Instagram)

Percebe que atualmente você tem um grande público infantil ou da 3ª idade?

Acabei fazendo uma brincadeira por ser o cara muito mais velho do que toda a turma que estava lá [na Fazenda]. Quando fui para a roça, decidi imaginar quem seria meu público aqui fora. A galera da Fazenda era muito engajada nas redes sociais e eu achava que levaria desvantagem neste quesito. Com o tempo, vi que estava errado. Na primeira defesa de roça – quando disputei com a Mirella que tinha 19 milhões de seguidores – acabei fazendo a brincadeira dos aposentados e pensionistas. Também lembrei do meu pai e o imaginei sem conseguir votar. Por isso, acabei falando: “peça ajuda a seu netinho”. Isso acabou ficando simpático.

Você não foi para o confinamento todo estudado, cheio de estratégias…

Talvez, o que eu possa dizer é que não queria queimar meu filme. Sabia que se fizesse uma merda muito grande – desculpe a expressão – eu poderia queimar muito meu filme. Achava que seria difícil ganhar. Quando entrei, vi que as pessoas tinham equipes, que preparavam mutirões e todo um esquema de votação que eu nem sabia que existia. As pessoas vinham me perguntar quantos vídeos eu tinha deixado prontos, qual escritório estava responsável pelas minhas contas… Não tinha nada disso. Nem assessor, nem empresário (risos). Tinha deixado meia dúzia de fotos antigas com a Pepita [Souza] para ela subir de vez quando, fazer um #tbt, sei lá (risos)… Quando vi que eu era o mais velho – e realmente muito mais velho – do que todos, pensei: não posso pisar na bola, nem ter algum descontrole. Percebi que ficaria muito feio para mim. Não teria o perdão da juventude.

Mateus Carrieri tem 53 anos de idade e mantém rotina de cuidados com o físico (Foto: Reprodução/Instagram)

Mateus Carrieri tem 53 anos de idade e mantém rotina de cuidados com o físico (Foto: Reprodução/Instagram)

Em que sentido?

Ninguém falaria ‘ah, mas é um moleque’, ‘ah, ele ainda vai aprender com a vida’… Ninguém iria passar o pano. Todas as vezes em que me desentendi ou discuti, tive a preocupação de me colocar de um jeito correto, sem ofender, sem perder a cabeça, sem perder as estribeiras…

Mas dava vontade?
Muito, muito… Afinal, foram quatro meses.

E como lidava com a falta de quem estava do lado de fora – seus filhos, no caso?

Não era apenas a questão da saudade, mas também a preocupação, querer saber se está acontecendo alguma coisa. Aquelas preocupações de pai para saber se está comendo, se está dormindo, se está fazendo a lição, se passou de ano, se ficou doente… Ficava muito preocupado e sabia que isso poderia me desestabilizar. Procurava exercitar o autocontrole, a paciência, a tolerância. Não queria pisar na bola.

Mateus Carrieri percebeu suas redes sociais saltarem de 15 mil a 2 mihões (Foto: Sérgio Cyrillo)

Mateus Carrieri percebeu suas redes sociais saltarem de 15 mil a 2 mihões (Foto: Sérgio Cyrillo)

Tinha medo do cancelamento?

Não tinha nem a ideia da popularidade desse termo. Quando gritavam “descancelado”, eu não entendia. Tinha medo de basicamente três coisas: dos meus filhos me verem fazendo besteira e não terem orgulho de mim; do Augusto Cury [autor da peça O Vendedor de Sonhos] e dos meus alunos. Se eu fizesse algo muito errado, seria ruim para mim. Fazendo uma peça do Augusto Cury por dois anos, eu não queria ter uma atitude destemperada lá dentro. Se eu fizesse uma besteira muito grande, não iriam mais me querer na peça. É um espetáculo que tenho um orgulho muito grande de fazer. Essa peça me sustenta há dois anos e tenho grande respeito por esse psicanalista, dono de uma obra maravilhosa com livros que falam de amor, tolerância, aceitação e inclusão.

A diferença de idade foi uma questão que você levantou bastante. Até seu celular antigo com ‘filtro nuvem’ pela lente embaçada gerou comentários.

Meu celular nuvem (risos). Meu filtro pessoal. Até isso acabou sendo simpático porque, como toda pessoa mais velha, tenho uma certa dificuldade com a tecnologia. Sou aquela pessoa que não gosta de trocar de celular porque sei que vou levar um tempo para aprender com o novo. Tinha uma resistência. Meu celular era o iPhone 5 (risos). Ele nem atualizava mais e tinha problema na câmera. Eu tirava as fotos e tudo bem. Agora, percebi que realmente preciso entregar uma imagem melhor. Já troquei de celular, aprendi a mexer, passei os dados…

Para se adaptar ao novo celular, se virou sozinho ou teve ajuda dos filhos?

Quando estava dentro do reality, eu não tinha ideia se eles estariam vendo ou engajados. Mas eles viveram intensamente essa Fazenda. Tinha pedido para que o Kaike ficasse com as minhas redes, mas ele não quis. As meninas são menores e não queria deixar com elas com receio de que viesse alguma coisa mais pesada pelo direct. Falei pro Kaike: ‘Ká, fica com minhas redes?’. E ele: ‘Não gosto, nem tenho muita paciência para Instagram’. Foi aí que deixei com a Pepita. Meu filho tem 36 anos, comprou todas as minhas brigas e passou a usar mais as redes sociais.

Mateus Carrieri com as filhas Anna Francesca e Anna Chiara (Foto: Arquivo pessoal)

Mateus Carrieri com as filhas Anna Francesca e Anna Chiara (Foto: Arquivo pessoal)

E as meninas?

As meninas são mais tímidas, não gostam de aparecer nos Stories. Elas torceram muito e gostaram da minha participação. Claro que, de vez em quando, elas falam: ‘Pai, que mico que você pagou! Precisava ficar dançando daquele jeito?’, ‘Ih, pai! Você bebeu na festa, né?’, ‘Pai, você deu um selinho na Lidi!’ (risos). São micos que os pais pagam aos olhos dos filhos, mas elas gostaram muito da minha postura. Os amigos delas estavam torcendo por mim, os pais dos amigos torciam, os professores assistiam… Elas viram o quanto falei delas, o quanto lutei para conseguir as coisas por eles. Na verdade, eu estava lá por eles. Depois que a gente tem filhos, a vida fica para eles. Quando ganhei os celulares, avisei que seriam para elas. Quando saí, foi ótimo ver o quanto elas se engajaram.

No início do ano, quando você usou a meia do arco-íris e fez um post tão bonito falando sobre a sexualidade delas sem encarar isso como se fosse um tabu…

Já há algum tempo converso com elas aqui. Era uma questão particular nossa e elas sabem que têm todo meu apoio. Senti da Chiara que ela queria essa abertura mais pública. Quando eu fiz o post usando a meia, não tinha pretensão alguma, mas aí ela foi vendo os comentários e falou: ‘Pai, o pessoal não sabe da gente’. Em um primeiro momento, quando começaram a vasculhar a vida dos participantes, as pessoas chegaram aos perfis delas e viram um pouco das fotos delas, do jeito delas, das pessoas que seguem nas redes. Chegaram a massacrá-las nos comentários por elas serem quem são. A galera acaba pegando pesado.

Mateus Carrieri com meia com as cores do arco-íris (Foto: Reprodução Instagram)

Mateus Carrieri com meia com as cores do arco-íris (Foto: Reprodução Instagram)

Sabendo disso, decidiu fazer o post?

Fiz o vídeo. Veio a sensação de ‘será que fiz certo?’, mas percebi que as duas gostaram muito. Aprendo muito com minhas filhas. Elas são novas. Tem 13 e 14 anos, mas é a fase da adolescência em que essas questões se afloram. Lembro dos meus 14, 15 anos. É uma fase muito importante para os jovens. Como pai, é importante estar muito atento a tudo o que acontece. Se você não der o apoio dentro de casa, é muito duro para eles. Os filhos precisam se sentir acolhidos dentro de casa. Recebi mensagens de pais que vivem a mesma situação e nem sempre saber como lidar com ela. Não é um bicho de sete cabeças. Também recebi mensagens de pessoas, já adultas, dizendo: ‘quem dera o meu pai tivesse me apoiado na adolescência, meus pais não me aceitavam e eu passei a não me aceitar’. É muito ruim não se aceitar. Tem gente com medo, com vergonha e não precisa ser assim. Tudo pode ser de forma tranquila. O mundo está cheio de problemas e isso não deve ser encarado como um problema. Isso deve ser abordado com amor.

Essa conversa com as meninas já tinha rolado antes de você ficar confinado?

Já, sim. Já há algum tempo eu tinha esse canal aberto com elas. Eu e minhas filhas sempre conversamos muito abertamente. Sempre deixei claro que, para mim, o importante é o caráter delas. Como pai, claro, vou falar: “Quero que vocês me respeitem, respeitem os mais velhos, tirem notas boas, tenham bom coração, boas atitudes… Agora se vocês se se encantam com meninos ou com meninas, isso é de vocês. Se vocês querem se vestir como uma ‘patricinha’ ou como um jogador de futebol, está tudo certo. É o jeito de vocês”. Elas têm autonomia para ser quem quiserem desde que não façam mal para ninguém, nem se agridam. Sou como qualquer outro pai: quero boas notas, que os filhos não façam maldade e tenham respeito. Isso é o mais importante.

Mateus Carrieri e o filho mais velho, Kaike Carrieri, que é professor de pilates (Foto: Reprodução/Instagram)
Mateus Carrieri e o filho mais velho, Kaike Carrieri, que é professor de pilates (Foto: Reprodução/Instagram)

E percebe uma diferença na educação desta geração?

Minhas filhas são muito preocupadas com o outro, engajadas contra o machismo. Aliás, eu aprendo muito com elas. Revejo comportamentos e falas machistas. Tive uma criação em que via o meu pai totalmente o ‘machão da casa’ e minha mãe feliz da vida com aquela situação, que ela aprendeu como certa. Mas a gente tem que evoluir e se desconstruir. Tem coisas que não cabem mais. Percebo minhas filhas muito preocupadas com mulheres agredidas, em questões de mulheres assassinadas por ex-companheiros. Acho lindo o jeito delas, a maneira como elas encaram questões que na minha geração eram tabus, eram alvo de preconceito, eram excludentes. Elas se preocupam com colegas que são alvo de bullying, com colegas que, talvez, não tenham aquele ‘padrão’ estabelecido. São causas pertinentes. Aprendo muito com elas e já há alguns anos conversamos sobre isso. Nos comentários, teve gente falando: “Mas elas já tiveram relações sexuais?”. Não precisa ter relação sexual para saber se você tem atração por um menino, por uma menina ou pelos dois. Estamos falando de aceitação, de liberdade e de amor. Especialmente na relação entre pai e filho.

Falando sobre a sua vida pessoal, como está a questão de ter voltado a ser visto como “crush” e do assédio?

Não vou negar que aumentou (risos). E é gostoso isso. É como se eu estivesse em uma novela.

Rolam cantadas no direct message?

Sim, sim, sim (risos). Quando eu estava com uma popularidade mais em alta por causa das novelas, percebia o assédio quando eu saía. Noto que mudou: agora este assédio chega na minha casa, porque está dentro do meu celular. Hoje em dia, as pessoas têm um canal mais direto.

E você enxerga isso com bons olhos?

Sim, demais. Vou falar por mim. Sou palmeirense. Outro dia, resolvi mandar mensagem para o [jogador de futebol] Felipe Melo e ele respondeu (risos). Isso acontece com o fã também. Eu respondo. Mas observo que vem desde as mensagens mais fofinhas e carinhosas até as mais ‘hard’ (risos).

E você sempre leva na esportiva?

Às vezes, as mensagens mais ‘hard’ podem ser interessantes…

E você está solteiro?

Sim, eu continuo solteiro. Tem até uma paixãozinha, mas nada oficial. (risos)

Jojo Todynho e Mateus Carrieri cultivam amizade iniciada em reality show (Foto: Reprodução/TV)
Jojo Todynho e Mateus Carrieri cultivam amizade iniciada em reality show (Foto: Reprodução/TV)

Imagino que fiquem querendo saber se ainda mantém contato com a Jojo e com outros participantes.

Existe essa curiosidade, principalmente com relação a Jojo. Na reta final do programa, as pessoas sentiram que estávamos brigados porque eu me aproximei do Biel, um cara que acabei gostando também. Criamos uma relação de pai e filho por lá. Ainda não nos vimos depois do programa, mas trocamos mensagem. Antes de eu entrar, minhas filhas realmente falaram: “o Biel é babaca”. Lá dentro, ele me respeitava como respeita o pai dele e tivemos uma conversa bacana. Porém, o Biel era o maior rival da Jojo. Não tinha jeito (risos). E eu me dei ao direito de ter uma amizade com ele. Com a Jojo, tive uma amizade sincera e real desde o início. Ela foi a primeira que brincou comigo, me deu abertura, me contou a infância dela, as histórias dela.

Verdade que a Jojo já está querendo te apresentar umas amigas?

Vira e mexe, nós trocamos mensagens e fazemos videochamadas. Ela quer me apresentar para a família, para as amigas… Outro dia, ela me ligou perguntando se eu estava namorando (risos). Respondi que não e ela falou que iria me apresentar para a mãe – ela tem algumas pessoas que considera como mães. Tem até uma que eu já estou trocando mensagens e quando eu for para o Rio irei conhecer, mas como amizade.

Relembre momentos da carreira de Mateus Carrieri:

Mateus Carrieri com Nádia Lippi em Um dia, o amor, novela produzida pela extinta TV Tupi, em 1975 (Foto: Reprodução/Instagram)
Mateus Carrieri com Nádia Lippi em Um dia, o amor, novela produzida pela extinta TV Tupi, em 1975 (Foto: Reprodução/Instagram)

Mateus Carrieri e Mayara Magri na novela Amor com amor se paga (Globo, 1984) (Foto: Reprodução/Instagram)
Mateus Carrieri e Mayara Magri na novela Amor com amor se paga (Globo, 1984) (Foto: Reprodução/Instagram)

Mateus Carrieri (de óculos) em cena da novela De quina pra lua (Globo, 1985) (Foto: Reprodução/Instagram)
Mateus Carrieri (de óculos) em cena da novela De quina pra lua (Globo, 1985) (Foto: Reprodução/Instagram)

Mateus Carrieri e Carla Diaz, como Miguel e Maria, em Chiquititas (SBT, 1997) (Foto: Reprodução/Instagram)
Mateus Carrieri e Carla Diaz, como Miguel e Maria, em Chiquititas (SBT, 1997) (Foto: Reprodução/Instagram)

Mateus Carrieri e Flávia Monteiro nos bastidores de Chiquititas (SBT, 1997) (Foto: Reprodução/Instagram)
Mateus Carrieri e Flávia Monteiro nos bastidores de Chiquititas (SBT, 1997) (Foto: Reprodução/Instagram)

Mateus Carrieri, com Luiz Amorim, em cena da peça O Vendedor de Sonhos (Foto: Reprodução/Instagram)
Mateus Carrieri, com Luiz Amorim, em cena da peça O Vendedor de Sonhos (Foto: Reprodução/Instagram)

Fonte: Quem

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