Caso Ingrid: menina foi morta pelo cunhado e suspeito alega ‘ataque de fúria’

IML confirma que a garota foi estuprada antes de ser assassinada.

A Polícia Civil de Alagoas confirmou a prisão do cunhado de Ingrid Raíssa Gomes da Silva, suspeito de matar a menina , de apenas 11 anos. A menina foi encontrada morta no dia 22 de junho, na localidade conhecida como Fazenda Canoas, em Rio Largo, região metropolitana da capital, dois dias após o seu desaparecimento. O crime revoltou os moradores da localidade, que realizaram protesto pela prisão do assassino.

Em junho, militares do 8º BPM apreenderam um menor de 17 anos, na mesma localidade, que foi apontado como envolvido na morte da criança. O adolescente teve material genético coletado para comparar se existiu ou não a sua participação no estupro e morte da criança.

O inquérito sobre a morte da menor foi presidido pelo delegado Ronilson Medeiros, que nesta terça (13) concedeu entrevista coletiva à imprensa para fornecer detalhes sobre o caso. Segundo o delegado, Raíssa foi morta pelo cunhado, que confessou o crime. O cunhado alegou ainda que tudo teria ocorrido de forma acidental, durante uma ‘ânsia de fúria’, quando teria pego  menina pelo pescoço e a empurrado.

Para a polícia judiciária, o crime está esclarecido.

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Linhas de Investigação

Desde o início a Polícia Civil trabalhava com três linhas de investigação que apontavam para três suspeitos: o ex-cunhado da vítima, um vizinho e seu atual cunhado, o adolescente de 17 anos, que vive com a irmã de Ingrid, uma também adolescente, de 14 anos, que está grávida.

Os três foram submetidos à coleta de material genético e depois foram interrogados. O ex- cunhado e o vizinhos apresentaram álibis. Já o menor, não conseguiu explicar onde estava no dia do desaparecimento da garota. A mãe de Ingrid chegou a dizer que ele apareceu em casa no final daquele tarde, vestindo uma camiseta que não lhe pertencia e com os pés sujos de lama.

Confissão

Na presença do tio, o adolescente confessou que naquela tarde, Ingrid Raíssa pediu ajuda para comprar comida para sua arara. Como não tinha, eles foram até o canavial pegar broto de cana. Ele contou ao delegado que no percurso a menina sugeriu que eles tivessem relação sexual. Ele teria negado. Contudo, disse que temeu que ela chegasse em casa contando a mãe que havia sido violentada. “Ele disse que numa ânsia de furia pegou a criança pelo pescoço e jogou numa pedra. E ela teria entrado em óbito”, relatou o delegado.

Abuso Sexual

No primeiro momento o adolescente negou o estupro, no entanto, hoje pela manhã o delegado confirmou, junto ao IML, que houve abuso sexual. O réu confesso garante que antes do crime nunca tinha sequer assediado a menina, com quem mantinha uma relação de amizade.

O delegado disse ainda que dentre os três suspeitos, ele era o que levantava mais suspeitas. Sua família confirma que desde o crime ele apresentava comportamento estranho. Há algumas semanas, ele chegou a ser detido com duas armas de fogo, usadas para caçar. Na ocasião, a Polícia Militar o apreendeu com base numa denúncia anônima sobre seu envolvimento com o assassinato de Raíssa.

Apreensão

O delegado representou pela apreensão do adolescente e o pedido foi concedido pela Justiça de Rio Largo. A polícia tem a motivação, autoria e resta o resultado do laudo do IML com o confronto genético para concluir o caso.  

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