A primeira reunião entre a nova diretoria do Cruzeiro e o goleiro Fábio acabou sem acordo para a permanência do ídolo no clube em 2022, segundo apuração da ESPN.
As partes voltarão a se encontrar nesta semana para tentar chegar a um acerto que viabilize a continuidade do camisa 1, que soma 976 jogos com a camisa celeste e poderia ultrapassar a barreira das 1.000 partidas pelo Cruzeiro.
Fábio não participou do treino desta terça-feira (4), data da reapresentação do elenco cruzeirense. Liberado pela diretoria, por conta de um atraso no voo de férias dos Estados Unidos, ele acertou que se apresentaria mais tarde.
O goleiro já havia renovado contrato com a Raposa até o fim de 2022, mas os valores foram revistos pela equipe de transição criada pelo ex-atacante Ronaldo, que adquiriu 90% das ações do Cruzeiro e se tornou o novo gestor do time mineiro.
Pelos planos do ‘Fenômeno’, é preciso cortar dois terços da folha salarial para este ano. Assim, todos os jogadores precisam se adequar à nova política financeira do clube. Ninguém, nem mesmo um ídolo como Fábio, poderá ganhar um salário acima do teto estabelecido.
Quem comanda as negociações é o ex-zagueiro Paulo André, contratado por Ronaldo para chefiar a equipe de transição, e também o novo diretor de futebol Pedro Martins, responsável pela contratação de Paulo Pezzolano como treinador.
Caso Fábio aceite a redução pretendida pelo Cruzeiro, ele seguirá na Toca da Raposa e vai liderar o elenco em sua terceira temporada consecutiva na Série B. Em caso negativo, o goleiro receberá homenagens do clube, mas não seguirá em Belo Horizonte para 2022.
A redução salarial imposta pela nova gestão do Cruzeiro já fez outras “vítimas”, como o executivo Alexandre Mattos e o técnico Vanderlei Luxemburgo. Até mesmo reforços recém-contratados estão sendo avaliados, pois cresceriam a folha salarial em R$ 2 milhões.