Motorista que atingiu 20 carros e casas dirigiu 3 mil km só com xerox da habilitação

Carreta que provocou acidente e carros que foram atingidos em Santa Luzia, na Grande BH — Foto: Reprodução/Redes Sociais + Magno Dantas/TV Globo

A ocorrência que culminou na prisão em flagrante de um caminhoneiro pelo crime de condução de veículo com alteração da capacidade psicomotora coloca em xeque a fiscalização nas rodovias que cortam o país, sendo elas municipais, estaduais ou federais.

De acordo com o boletim de ocorrência, na noite da última sexta-feira (17), o motorista de um caminhão, com alterações comportamentais, provocou um grave acidente em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Ao todo, 20 veículos foram impactados pelo veículo de grande porte, sendo 17 carros, uma moto, um ônibus e um reboque. Além disso, cinco casas ficaram danificadas, segundo a Defesa Civil.

À polícia, o motorista contou ainda que há 20 anos faz uso de cocaína e que dirigiu de Buenos Aires, capital da Argentina, até o local do fato por cincos dias sem dormir. Além de estar sob efeito de rebite, como o próprio motorista admitiu, ele portava apenas uma cópia xerox da carteira de habilitação.

O g1 Minas enviou a seguinte pergunta à Polícia Rodoviária Federal (PRF) e à Polícia Militar Rodoviária (PMRv) e aguarda retorno:

“É possível um motorista de caminhão guiar um veículo de cargas pesadas, carregado de mercadorias, da Buenos Aires (Argentina), até o município de Santa Luzia, Região Metropolitana de Belo Horizonte – cerca de 3 mil quilômetros –, durante cinco dias consecutivos, com uma cópia xerox de carteira de motorista, sob o efeito e portando drogas (uma porção de cocaína), ou seja, atravessar divisas e fronteiras com alteração psicomotora – motivo de prisão – sem ser parado ou fiscalizado por uma barreira ou blitz policial durante todo esse percurso?”

Três dias após fixar uma fiança de R$ 20 mil para conceder a liberdade provisória ao motorista Saulo Khatab Ferreira, de 39 anos, a Justiça de Minas Gerais reduziu o valor para R$ 3.636.

Apesar da redução da quantia, até as 10h45 desta quinta-feira (23), Saulo permanecia no sistema prisional, segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).

Fonte: G1

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