Radical religioso é condenado a 18 anos de prisão por ataques a judeus na internet

Num dos seis ataques conhecidos, o homem afirmou durante um culto transmitido pela internet que os judeus 'deveriam ser envergonhados como foram na 2ª Guerra Mundial'.

Reprodução / TV Globo

Tupirani da Hora Lores é preso pela PF

O líder radical da igreja Pentecostal Geração Jesus Cristo Tupirani da Hora Lores foi condenado pela Justiça Federal a 18 anos e 6 meses de prisão por crimes de racismo e ódio contra judeus. A defesa dele ainda pode apresentar recurso à Justiça.

Num dos seis ataques conhecidos, Tupirani afirmou durante um culto transmitido pela internet que os judeus “deveriam ser envergonhados como foram na 2ª Guerra Mundial”.

Tupirani foi preso em fevereiro deste ano pela Polícia Federal. Desde então, foi mantido atrás das grades por decisão da juíza Valéria Caldi Magalhães, da 8ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.

Na sentença desta quinta-feira (30), a magistrada diz que “o réu se valeu de sua condição de pastor de uma comunidade religiosa para a prática do crime, o que incrementa o potencial de induzir os seguidores a agir de modo similar”.

A juíza federal acrescenta que “no que toca à conduta social, os autos demonstraram que o réu mantém comportamento ostensivo de afronta às instituições públicas”, como insultos à Polícia Federal e ao Poder Judiciário. Menciona, ainda, os ataques a judeus.

“As circunstâncias do crime são graves pois a violência do discurso repete-se com a expressa menção ao massacre de judeus, massacre este que, na visão do réu, ‘eles merecem'”, afirmou a juíza.

 

‘Mais de uma chance’

Em decisão anterior, que manteve a prisão preventiva do radical, a juíza disse que Tupirani teve mais de uma chance dada pela Justiça para seguir livre e respeitando a lei.

“Reitero que o investigado já teve mais de uma chance concedida pelo Poder Judiciário para se manter em liberdade respeitando as normas legais, tendo desprezado todas elas. Assim, indefiro o pedido de revogação da prisão preventiva de Tupirani da Hora Lores”, finaliza.

 

A Polícia Federal (PF) prendeu o pastor Tupirani da Hora Lores, chefe da Igreja Pentecostal Geração Jesus Cristo, por crimes de racismo, dentro da Operação Rófesh. — Foto: Reprodução/ TV GloboA Polícia Federal (PF) prendeu o pastor Tupirani da Hora Lores, chefe da Igreja Pentecostal Geração Jesus Cristo, por crimes de racismo, dentro da Operação Rófesh. — Foto: Reprodução/ TV Globo

Crime de ódio 

Tupirani da Hora Lores, líder radical da igreja Pentecostal Geração Jesus Cristo, foi preso pela Polícia Federal no dia 24 de fevereiro por crimes de racismo e ódio contra judeus, dentro da Operação Rófesh.

Ele foi preso em casa, na sede da igreja, no Morro do Pinto, no Santo Cristo, na região central do Rio de Janeiro.

Em um culto gravado e difundido em junho de 2020, ele afirmou que os judeus “deveriam ser envergonhados como foram na 2ª Guerra Mundial”.

Tupirani também atacava outras religiões, como as de origem afro.

Fonte: g1

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