Mãe leva filha à igreja por ‘possessão demoníaca’ após denúncia de estupro; padrasto é preso

A denúncia inicialmente foi feita pela mãe, que depois chegou a coagir a filha a mudar a versão e não denunciar mais o padrasto

Policiais civis
O foco das investigações agora é indiciar a mãe por violência psicológica; religioso procurado por ela também será investigado Foto: Reprodução/Polícia Civil

Um homem de 33 anos foi preso preventivamente na última quinta-feira (20), em Beberibe, suspeito de estupro de vulnerável contra a enteada, uma menina de 12 anos. A mãe da vítima denunciou o crime, mas posteriormente teria chegado a coagir a criança para mudar a versão sobre o fato. A menina foi levada a uma igreja sob alegação de “possessão demoníaca”.

Segundo informações da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS), as investigações seguem com o foco em indiciar a mãe por violência psicológica. O religioso procurado por ela também será investigado.

ENTENDA O CASO

De acordo com a SSPDS, investigações realizadas pela Delegacia Municipal de Beberibe mostram que a menina foi submetida à violência psicológica após relatar o caso. Após a primeira denúncia, em setembro de 2022, os policiais civis iniciaram uma série de oitivas e diligências e constataram a coação por parte da mãe.

Ainda em 2022, novas oitivas e diligências ocorreram desta vez com a avó da criança e “constataram a veracidade dos fatos”, segundo a SSPDS. “O homem, com base nas investigações, cometia a maioria dos crimes na casa dele, quando estava sozinho com a vítima”, informa a Secretaria. Com o final das investigações, um mandado de prisão preventiva foi solicitado ao Poder Judiciário.

Os nomes dos envolvidos não serão divulgados para não expor a vítima.

COMO DENUNCIAR

Denúncias na região de Beberibe podem ser feitas pelo telefone da Delegacia Municipal: (88)3338-2590. Outros canais são o número 181, o Disque-Denúncia da SSPDS, ou o WhatsApp (85) 3101-0181 para o qual podem ser enviados mensagem, áudio, vídeo e fotografia. A SSPDS garante o sigilo e o anonimato.

Fonte: Diário do Nordeste

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