Caso Joana Mendes: Marcado para abril, MP afirma não haver mais condições de adiar júri

Arnóbio Henrique Cavalcante Melo, ex-marido da vítima, a matou com mais de 30 facadas dentro de um carro e abandou seu corpo

Arquivo/Família/Alagoas24horas

Joana Mendes foi morta a facadas em 2016

O júri de Arnóbio Henrique Cavalcante Melo, acusado pela morte da ex-esposa, Joana Mendes, deve acontecer nos dias 1º e 02 de abril e não possui mais condições de ser adiado. É como entende o Ministério Público, que atua na acusação do réu.

O julgamento foi adiado duas vezes. A primeira após a prisão do acusado pelo crime de falsificação de um laudo médico. Já a segunda vez, ocorreu porque o advogado de defesa do réu alegou não estar em condições de participar do julgamento.

Joana Mendes foi morta com mais de 30 golpes de arma branca na noite do dia 05 de outubro de 2016. O seu corpo foi encontrado dentro de um veículo C3 de cor prata, em um trecho da Rua Benevides Montes, no Conjunto Santo Eduardo, no bairro do Poço, em Maceió.

Inicialmente, o julgamento estava marcado para acontecer entre os dias 18 e 19 de Dezembro de 2023, porém foi adiado. Isto, após Arnóbio ter sido preso dias antes do júri acusado de falsificar um laudo médico. A advogada e irmã de Joana Mendes, Júlia Mendes, – à época da prisão do acusado – destacou à nossa reportagem que interpretava a manobra adotada pela defesa do réu como “tentativa de requerer instauração de incidente de insanidade mental para tentar atenuar ou se livrar da pena”.

O júri foi então remarcado para acontecer no dia 1º de Fevereiro de 2024, primeiro dia após o término do recesso forense e férias dos advogados, como determina a legislação, mas acabou não acontecendo, porque o advogado de defesa do réu não estaria em condições de participar do julgamento. Foi anexado ao processo ainda um atestado médico, assinado por um médico psiquiatra, concedendo 30 dias de afastamento médico ao advogado.

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Agora, por meio de nota à imprensa, o promotor de Justiça Antônio Vilas Boas, responsável pela acusação e sustentação das qualificadoras, afirma que não há mais condições de se adiar o júri, inclusive porque, o magistrado, ao remarcar o julgamento, determinou a intimação da Defensoria Pública para a defesa do réu, em caso de nova manobra da defesa.

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“A família da vítima a cada vez que se prorroga o julgamento sofre em dobro; é como se Joana estivesse sendo mais uma vez assassinada, como se tivesse havendo descaso com ela. Queremos fazer justiça, que o assassino pague pelo crime, que foi perpetrado com extrema violência e mediante dissimulação, uma vez que acreditava a vítima de que o encontro que teria com o seu ex-companheiro seria para tratar da guarda do filho e de outros aspectos da separação do casal. Foram desferidos 32 golpes de faca contra a inditosa vítima, numa demonstração de frieza e analgesia moral”, declara Vilas Boas.

Sobre o caso

Segundo o inquérito policial, Arnóbio Henrique atraiu Joana para um encontro sob o pretexto de assinar o divórcio e negociar a pensão do filho do casal e a matou com mais de 30 facadas – a maioria no rosto – dentro do veículo da vítima, no Santo Eduardo. Após o crime, o assassino voltou para casa e para justificar o sangue alegou ter sido vítima de um assalto. Na casa do assassino, a polícia apreendeu a arma do crime.

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