Acusado de atropelar casal de PMs durante ciclismo recebe liberdade provisória

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Nessa sexta-feira (12), a Justiça de Alagoas decidiu conceder liberdade provisória ao empresário acusado de atropelar um casal de policiais militares que fazia ciclismo na AL-220, em Arapiraca. O acidente ocorreu em outubro de 2023, resultando na morte da policial Cibelly Barboza Soares e deixando seu marido, Gheymison do Nascimento Porto, ferido.

O empresário, identificado como Edson Lopes da Rocha, estava em prisão domiciliar desde novembro de 2023. A decisão de conceder a liberdade provisória foi tomada pelo juiz Alberto de Almeida, da 5ª Vara de Arapiraca. O magistrado considerou que a prisão preventiva do acusado era uma medida extrema e que a aplicação de medidas cautelares seria adequada ao caso.

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No despacho, o juiz destacou que o acusado não possui antecedentes criminais e não houve evidências de tentativa de coagir testemunhas ou vítimas. Além disso, foi mencionado que familiares do empresário, especialmente sua filha, prestaram auxílio médico às vítimas no momento do acidente, visto que é enfermeira.

Apesar da gravidade do crime, o juiz considerou que as medidas cautelares seriam suficientes para garantir o andamento do processo. Entre essas medidas estão a suspensão da habilitação para dirigir veículo automotor, comparecimento quinzenal em juízo, proibição de ausentar-se da Comarca sem autorização judicial, recolhimento domiciliar durante a noite e proibição de contato com as vítimas sobreviventes e familiares, além de testemunhas do processo.

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O caso gerou grande comoção na região de Arapiraca. Cibelly Barboza e Gheymison do Nascimento, ambos policiais militares, foram atropelados enquanto pedalavam na rodovia AL-220. Cibelly não resistiu aos ferimentos e faleceu no mesmo dia, enquanto seu marido recebeu alta dias após o acidente.

O empresário, cujo nome não foi divulgado, prestou depoimento na presença de um advogado, negando o consumo de bebidas alcoólicas e alegando não ter visto os ciclistas no acostamento da rodovia. Ele agora enfrenta acusações criminais pela morte de Cibelly Barboza, além de responder a duas ações indenizatórias que totalizam mais de R$2 milhões.

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