Apesar de acenos, reunião de “alinhamento” entre Lula e Pacheco segue sem previsão

Ricardo Stuckert

Em meio aos recentes atritos entre o Planalto e o Congresso e um esforço para um encontro de “alinhamento” entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), um encontro previsto entre os chefes do Executivo e do Legislativo continua sem data marcada.

A intenção da reunião é alinhar as pautas de interesse do governo com o Legislativo. A expectativa é que o encontro possa acontecer ainda nesta semana, conforme afirmou o próprio Pacheco na última quinta-feira (25).

Contudo, na terça-feira (30), o senador cancelou um almoço com os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais), e com os principais líderes do governo. Apesar de não estar confirmado, havia expectativa de Lula passar pela reunião. Pacheco alegou não poder comparecer por “questões de agenda”.

Um dos entraves entre os Poderes está relacionado ao fato de o governo ter recorrido ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a desoneração da folha de pagamento de empresas e municípios. Na prática, a decisão do governo de judicializar o tema confronta a vontade do Parlamento.

Acenos

À tarde, pouco antes da sessão do Senado, Pacheco conversou com jornalistas e, questionado sobre o encontro, o presidente do Congresso disse que a agenda com Lula “em algum momento” vai acontecer.

O senador ainda minimizou os atritos que tem tido com o Executivo e disse que todas as “divergências” seriam resolvidas “uma a uma”.

Além disso, Pacheco indicou que nenhuma resposta ao Planalto será dada por meio de projetos votados no Senado.

Após a entrevista coletiva, Pacheco presidiu a sessão que aprovou a continuidade do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). O texto final do projeto ficou conforme o governo preferia, com teto de R$ 15 bilhões até dezembro de 2026.

Logo após os senadores aprovarem o Perse, foi a vez de Haddad fazer um afago ao Congresso. Em entrevista coletiva em São Paulo, o chefe da equipe econômica agradeceu nominalmente os presidentes das duas casas legislativas.

“Ao contrário do que às vezes as manchetes sugerem: ‘Câmara e Senado aprovam gasto’, na verdade, o que aconteceu foi exatamente o contrário. A Câmara e o Senado, e eu agradeço tanto ao Arthur Lira quanto ao Rodrigo Pacheco, disciplinaram e moralizaram um programa que estava dando muito problema não por culpa do Congresso, mas porque o desenho permitia que ele fosse burlado. E isso foi definitivamente corrigido”, disse o ministro.

Fonte: CNN Brasil

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