PC identifica acusado de aplicar golpes de dentro do presídio

Else Freire/PCFernando Barbosa, o Lelo, é acusado aplicar golpes de dentro do presídio

Fernando Barbosa, o Lelo, é acusado aplicar golpes de dentro do presídio

A polícia desbaratou na manhã desta quarta-feira (3) um esquema de estelionato aplicado de dentro do Presídio Baldomero Cavalcanti. O golpe intitulado “SOS Guincho” utilizava um celular e era conduzido por um detento do Módulo I da unidade.

De acordo com o coordenador da Delegacia de Homicídios, Cícero Lima, Fernando Barbosa da Silva, vulgo “Lelo”, de 27 anos, utilizava o aparelho telefônico dentro da cadeia para ligar aleatoriamente para as pessoas. O criminoso inventava uma história e ludibriava a vítima para depositar uma quantia em dinheiro em determinada conta de banco.

O número de pessoas atingidas pelo golpe ainda não foi levantado pela polícia. Com o “SOS Guincho”, Fernando dizia que um parente próximo da vítima estava preso em uma estrada com o carro quebrado e que precisava contratar o serviço de reboque emergencial.

“Com isso, uma idosa de 60 anos caiu e veio nos procurar. Sensibilizado com a situação, já que não é a minha área de investigação, mobilizamos uma equipe e descobrimos que o estelionatário estava dentro do Baldomero”, diz Cícero Lima.

Fernando Babosa está preso na unidade prisional desde 2010 pelos crimes de tráfico de drogas, assalto e homicídio. “O que é interessante salientar é que o Fernando passou a se especializar em outras modalidades de crime mesmo estando preso. Ele utilizou a conta de uma irmã para movimentar todo o dinheiro que recebia”, diz o delegado. A prática, segundo sua avaliação, é uma falha clássica de estelionatários que ainda não possuem experiência e utilizam contas de parentes.

Vítima da ligação do SOS Guincho, a idosa chegou a depositar R$ 2,500 na conta sugerida pelo criminoso. Pouco tempo depois ela descobriu ter sido vítima do golpe. “As vítimas geralmente são idosos, já que eles fornecem informações com muito mais facilidade e desconfiam menos das pessoas”, informa o delegado.

Com a divulgação do esquema, a expectativa da polícia é que mais vítimas e mais envolvidos no esquema sejam descobertos. A irmã de Fernando também foi indiciada pelo mesmo crime. “Como trabalho na Homicídios vou transferir a responsabilidade da investigação para a Delegacia Geral de Polícia Civil, que deverá encaminhar o caso para uma delegacia especializada”, finaliza Cícero Lima.

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