Durante uma dinâmica de reciclagem para um projeto do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), o jovem Luiz Eduardo Lima Aguiar acabou se perdendo no bairro do Centro de Arapiraca.
Quando notou, estava na Rua 16 de Setembro, conhecida via que abriga profissionais do sexo. Notabilizando isso, resolveu escrever um artigo opinativo sobre a condição de vida das mulheres que ali ganham seu sustento.
E, com o texto “O Jardim da Rua 16”, ele chegou até a final da 4ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa “Escrevendo o Futuro”, realizada em Brasília.
O estudante do Ifal campus Arapiraca vai disputar o título nesta terça-feira (15), com orientação da professora Sandra Lima. “Defendi uma regulamentação do ofício das profissionais do sexo, baseado no direito ao próprio corpo. Foi uma grande honra ter a chance de representar a cidade de Arapiraca em uma competição dessas. O aprendizado que está sendo já é a minha real medalha”, diz o aluno do instituto.
A olimpíada desenvolve ações de formação de professores com o objetivo de contribuir para a melhoria do ensino da leitura e escrita nas escolas públicas brasileiras. Ela tem caráter bienal e, em anos pares, realiza um concurso de produção de textos que premia as melhores produções de alunos de escolas públicas de todo o país. E, nos ímpares, desenvolve ações de formação presencial e a distância, além da realização de estudos e pesquisas, elaboração e produção de recursos e materiais educativos. O evento é uma iniciativa do Ministério da Educação (MEC) e da Fundação Itaú Social, com coordenação técnica do Cenpec — Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária.
