Governo garante atendimento às pessoas com deficiência

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Para ampliar o acesso e garantir um atendimento necessário dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), a Secretaria de Estado de Saúde (Sesau), em parceria com o Ministério da Saúde (MS), estruturou em Alagoas a Rede de Cuidado à Pessoa com Deficiência. A rede é composta por instituições públicas e Organizações Não Governamentais (ONG), que recebem incentivos do Governo para o atendimento à população.

De acordo com a gerente do Núcleo de Assistência à Saúde da Pessoa com Deficiência, Luciana Buarque, foram habilitados oito novos Centros Especializados de Reabilitação (CER) apenas em 2014, totalizando 21 em toda a extensão do Estado.

“Os CER atendem serviços em reabilitação física, visual, auditiva e intelectual, trabalhando com equipes multiprofissionais que incluem psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e médicos especializados. Os centros são responsáveis pelo tratamento do paciente e dos familiares”, ressaltou Luciana Buarque.

A gerente explicou que os CER recebem repasses federais de acordo com o nível em que a entidade se encaixa. “Existem quatro níveis de CER que variam de acordo com o número de reabilitações realizadas pela instituição. O CER nível II recebe repasses mensais de R$ 140 mil, os de nível III recebem R$ 200 mil e os de nível IV R$ 345 mil”, esclareceu.
Outro aspecto de destaque da Rede de Cuidado à Pessoa com Deficiência é a fabricação e disponibilização de próteses, órteses e Meios Auxiliares de Locomoção (MAL). “Os equipamentos são feitos de acordo com as medidas do paciente, que são encaminhados por recomendação médica”, explicou a gerente.

Já a gerente do CER IV da Associação Pestalozzi de Maceió, Sueli Porto, informou que os recursos variam de uma simples bengala a aparelhos eletrônicos sofisticados. “Órteses são apoios ou dispositivos que auxiliam o desempenho ortopédico de uso provisório ou permanente, próteses são dispositivos que substituem partes perdidas do corpo, a exemplo de pernas mecânicas e os meios auxiliares de locomoção ajudam no deslocamento, mas não corrigem ou substituem uma função motora”, explicou a gerente.

Em Alagoas são fornecidas, próteses, órteses e meios auxiliares de locomoção, por meio de concessão pública, na Sociedade Pestalozzi, PAM Salgadinho, Associação dos Deficientes Físicos de Alagoas (Adefal), Universidade de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), Associação de Pais e Amigos do Excepcional (Apae), Associação dos Amigos e Pais dePessoas Especiais (AAPPE).

Além da manufatura de órteses, próteses e MALs a rede também realiza um trabalho extenso de reabilitação em todas as faixas etárias, como atesta a terapeuta ocupacional da Pestalozzi, Alice Araújo. A ONG atende crianças e adultos, adequando o tratamento às necessidades do pacientes.

A terapeuta explicou que os pacientes contam com equipamentos modernos e acompanhamento multiprofissional. Uma das beneficiadas pelo atendimento é a dona de casa Ana Maria dos Santos, que sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e passa por um processo de reabilitação dos movimentos da mão esquerda.

“Assim que sofri o AVC fiquei com os movimentos prejudicados e dependente de uma cadeira de rodas para me locomover. Hoje já recuperei os movimentos e continuo em processo terapêutico para melhorar minha qualidade de vida”, afirmou Ana Maria dos Santos.

A dona de casa Claudeni Santos, que é avó de uma criança com autismo, afirmou ter sentido uma evolução real em seu neto. A avó relatou que desde o inicio do acompanhamento pode observar uma melhora na coordenação motora e na interatividade interpessoal na criança.

Equoterapia

Outra parte importante da Rede de Cuidado à Pessoa com Deficiência são os centros para tratamento de equoterapia. De acordo com a gerente do Núcleo de Assistência à Saúde da Pessoa com Deficiência, Luciana Buarque, o serviço existe graças a um convênio entre Sesau e ONGs e garante o atendimento para crianças e adultos.

A equoterapia é reconhecida como um método terapêutico que utiliza a interação entre o cavalo e paciente para o desenvolvimento de pessoas com deficiência. “Este tratamento tem sido muito importante para as crianças e adultos que sofrem autismo, deficiência mental, deficiência visual, de traumatismo e de síndromes de Dowm, Rett entre outras”, disse a gerente, explicando que esta técnica vem trazendo bons resultados no tratamento de pessoas com deficiência e, hoje, é uma alternativa importante de tratamento.

A coordenadora ressaltou, ainda, que antes de iniciar o tratamento, os pacientes passam por uma avaliação médica e são apresentados ao animal de forma gradual e de acordo com suas limitações. Ana Cleide destacou que os cavalos são treinados desde os primeiros anos para participarem das atividades terapêuticas.

Diagnosticado com paralisia cerebral, Mateus da Silva, 6 anos, é uma das crianças assistidas pela equoterapia. De acordo com o pai, Roberto Mateus da Silva, o filho teve uma grande evolução na coordenação motora. “Há três anos meu filho vem uma vez por semana e adora. Posso sentir sua alegria com o tratamento e sua evolução clínica”, salienta.

O centro de equoterapia da sociedade Pestalozzi atende a 177 pacientes e é localizado no bairro da Santa Amélia. A equoterapia também esta disponível no Instituto Bráulio Cavalcanti, no bairro Benedito Bentes.

Fonte: Agência Alagoas

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