Cerca de 200 professores participaram de um ato de repúdio à decisão do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), na manhã desta quarta-feira (24), na Secretaria Municipal de Educação (Semed). O objetivo da classe é sensibilizar a secretaria.
A decisão do TJ-AL ocorrida no último 10 deste mês pôs fim à greve dos servidores municipais, mas os professores da rede estadual e membros do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal) se mostraram insatisfeitos com as alterações.
De acordo com a classe, os profissionais da educação infantil até o quinto ano possuem o direito a uma jornada de 25 horas, porém, por lei, eles só podem dar 17 horas em sala de aula, sendo que o restante do tempo é utilizado na elaboração de projetos e correções de provas.
Com isso, os profissionais se limitam a dar aula quatro dias por semana. Os dias restantes acabavam sendo cumpridos por outros profissionais. Essa modificação, na visão dos educadores, prejudica o processo pedagógico e educacional dos estudantes.
“Nós sugerimos na época que aumentassem para 30h nossa carga horária, o projeto chegou a ser aprovado pela Semed, mas eles retrocederam e aprovaram outra proposta na Justiça que pede para que as horas restantes sejam negociadas. Ou seja, um contrato por fora que não contabiliza na aposentadoria e traz prejuízos para classe trabalhadora”, diz a presidente do Sinteal, Consuelo Correia.
Com isso, a categoria informa que até novembro deste ano – prazo em que será aplicado o novo acordo – novas mobilizações serão realizadas. Enquanto isso, não haverá novas paralisações das atividades educacionais.