Mesmo com as implicações da Justiça Eleitoral – que impede autopromoções antecipadas em ano eleitoral- o governo de Alagoas deve investir mais de 28,5 milhões em publicidade. O valor é maior do que o destinado às secretarias de Cultura (R$24.854.609), do Turismo (R$19.345.716) e da Paz (R$26.259.864). Os gastos dizem respeito às administrações diretas do estado e podem crescer se considerados os gastos de empresas estatais como as de abastecimento de energia e água.
Em comparação com outros estados brasileiros, os números de Alagoas parecem ‘tímidos’. São Paulo, por exemplo, deve gastar R$188,7 milhões em propaganda. Somados, os estados da federação, mais o Distrito Federal devem ‘desembolsar’ R$ 1,489 bilhão com propaganda.
Além de São Paulo,de Geraldo Alckmin (PSDB), a verba com ‘comunicação e publicidade institucional’ ultrapassam R$ 100 milhões em outros três estados, a Bahia de Jacques Wagner (PT), o Ceará de Cid Gomes (PROS) e o governo petista de Agnelo Queiroz, no DF. No estado vizinho de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), usará cerca de R$65,7 milhões. No Rio, sede da Copa do Mundo, Sérgio Cabral (PMDB)de ve usar R$89,3 milhões.
Em ano de eleição, a Jutiça Eleitoral impede o aumento de verbas publicitárias que deve ter a média dos três anos anteriores. Contudo, não há regras para o período de uso da verba. Podendo o chefe do utilizar todos os recursos ainda no primeiro semestre. Como há impedimento de propagandas promocionais nos quatros meses que antecedem a eleições a verba pode ser usada em sua integralidade até junho.
Na prática, em Alagoas o valor é de R$ 8,635 por habitante. Em São Paulo, por exemplo, onde será gasto o maior montante, a quantia será de R$ 4,323 por habitante – quase a metade de Alagoas. Em termos nacionais a conta fica assim: cada brasileiro deve pagar em média R$ 7,41301622. Isso, levada em consideração que a estimativa de investimento em propaganda proveniente de verba pública estadual- que no país será de R$ 1.489.041.706,50 – e o número de brasileiros que(segundo fonte do IBGE em 2013) é de 200.866.909. Usando esse mesmo critério, o governo de Agnelo Queiroz lidera a lista, gastando cerca de R$50,90 por habitante do Distrito Federal, seguido por Roraima (R$31,98 por habitante), Amapá (R$23,53) e Acre (R$18,48).
Sobre os dados
Os dados são públicos e foram retirados de Leis Orçamentárias Anuais (LOAs) de todos os estados e do DF e estão disponíveis nos sites dos estados da federação ou, em alguns casos, foram divulgados nos diários oficiais locais.
No caso de Alagoas a rubrica publicidade não está fixada especificamente e é considerada dentro do de “Secretaria de Comunicação Social”, responsável por contratar os canais e emissoras para propaganda.
