Com jejum acumulado, Grêmio inicia contra o Nacional 10ª tentativa do tri

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Grêmio estreia hoje na Libertadores

A estreia do Grêmio em sua 15ª Libertadores está carregada de história. A começar pela tradição do próprio tricolor. Há também os embates clássicos com os uruguaios e o glamour de se jogar no palco da primeira Copa do Mundo, em 1930. Mas a história também pode ser um peso e até atuar contra o time de Enderson Moreira. Embora alijado de responsabilidade, o novo técnico carrega sobre os ombros a sina do clube, de não conquistar um título de nível ao menos nacional há quase 13 anos. E é escancarada a preferência em encerrar esse indigesto hiato com o tricampeonato da Libertadores, o qual se tentará pela décima vez, a partir das 22h15m (de Brasília), nesta quinta-feira, no Parque Central em Montevidéu, diante do Nacional-URU – o Grupo 6 ainda tem Newell’s Old Boys e Atlético Nacional de Medellín.

Desde que vencera o torneio pela segunda vez em 1995, o Grêmio já desfilara outras nove vezes o manto tricolor pelos campos sul-americanos. Chegou a três semifinais e a uma decisão, vencida pelo Boca Juniors, em 2007. Seriam campanhas honrosas se não faltassem tantos títulos no acumulado de uma década. A última taça, à exceção de Gauchão, fora erguida por Zinho, a Copa do Brasil de 2001. Essa pressão retroativa não é tese. Existe e foi tema de conversa de Enderson com os jogadores na terça, após o desembarque da delegação em Montevidéu, sob forte chuva.

– A gente não estava nesses anos. Mas a pressão vem passando de jogador a jogador. Nós estamos unidos e temos que passar isso para dentro de campo. Tem que mostrar raça, vontade, a torcida não merece ficar tanto tempo sem títulos – esclarece o zagueiro Rhodolfo.

Para fazer da décima tentativa a realização do sonho do tri, o Grêmio mudou o foco. Vem de queda precoce em 2013, nas oitavas, e agora aposta em mais jovens, menos medalhões e, por fim, uma equipe mais "competitiva", termo consagrado como mantra, de Enderson ao capitão Barcos.

– Temos que saber que camisa não ganha jogo – recomenda o centroavante.

Após 12 dias em Bento Gonçalves e atuando quatro vezes no Gaúcho (com duas vitórias e dois empates), o time principal chega com o que tem de melhor para encarar o Nacional. A exceção é Kleber, lesionado no joelho. A tendência é de repetição de time do Gre-Nal que ficara no 1 a 1, no último domingo. Assim, seguirão os três volantes e Luan mais à frente, perto de Barcos.

Não bastasse a pressão histórico por títulos, haverá a pressão física a incomodar os gremistas. Quase 30 mil uruguaios irão lotar o Parque Central, que, acanhado, torna-se propício para o bastante perigoso "efeito caldeirão". Aos gremistas, cabem 600 entradas, todas esgotadas. Que verão um Nacional sem muitas novidades em relação ao que sofreu para bater o Oriente Petrolero e avançar na Pré-Libertadores, há uma semana. Apesar da semana de mistérios do técnico Gerardo Pelusso, não é segredo que a arma charrua é Iván Alonso, artilheiro do time com 13 gols em 14 jogos na temporada 2014/2015.

Antonio Arias apita a partida, auxiliado por Dario Gona e Eduardo Cardozo, trio paraguaio. O GloboEsporte.com acompanha os lances em Tempo Real às 22h15m
Nacional-URU: Pelusso não tem dúvidas, apesar do mistério. Deve ir a campo com o mesmo time que bateu o Rentistas, no fim de semana, pelo campeonato local: Munúa; Pablo Álvarez, Scotti, Curbelo e Juan M. Díaz; Prieto, Calzada e Cruzado; Pereiro, De Pena, Alonso

Grêmio: Enderson até chegou a esboçar mistério entre Edinho e Maxi Rodríguez no único treino que comandara em Montevidéu. Mas é praticamente certo que irá manter a escalação do Gre-Nal: Marcelo Grohe; Pará, Werley, Rhodolfo e Wendell; Edinho, Ramiro, Riveros, Zé Roberto e Luan; Barcos.

Fonte: Globo.com

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