Vereador propõe a inclusão de carroceiros na coleta seletiva em Maceió

Ascom/Gilca CinaraVerador Guilherme Soares

Verador Guilherme Soares

"Só assim podemos dar dignidade para aquela parte que nós excluímos”. Foi assim que o vereador Guilherme Soares (PROS) defendeu a inclusão dos carroceiros da capital na coleta seletiva realizada pelas cooperativas de resíduos sólidos de Maceió. Durante seu pronunciamento, na tarde desta terça-feira (25), na tribuna da Câmara Municipal de Maceió, Soares afirmou que é preciso ofertar uma alternativa de trabalho digno para esses carroceiros.

Segundo ele, a falta de oportunidade social tornou esses carroceiros em trabalhadores sem valorização, e muitas vezes criminalizados, por fazer parte da maioria que vive na linha da pobreza. “Propor uma nova profissão para esses homens é a mesma coisa de que oferecer um trabalho digno. Não quero com essa proposta estimular o crescimento de carroças na capital, mas sim oferecer condições dignas de trabalhos para esses carroceiros”, salientou.

Atualmente, o recolhimento dos resíduos sólidos tem sido um grande desafio das gestões das cidades, que pensando diminuir o volume de produção de lixo, estão estimulando a população a fazer a separação dos resíduos. O vereador destacou que observou a situação precária vivida pelos carroceiros durante suas visitas nas comunidades, onde ouviu deles a realidade.

“Eles sempre se queixam que não recebem nenhum tipo de incentivo do por parte do poder público. Quero com essa proposta ofertar uma melhoria de vida para eles e também para toda a sua família. Trabalhando na coleta do lixo reciclado, os carroceiros poderão ter uma renda fixa e batalhar de forma digna por uma melhoria de vida”, acrescentou Soares.
Em Maceió, o projeto Catador Cidadão, idealizado pela Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (Slum) é exemplo dessa inclusão. Ele buscou mapear a atuação dos catadores informais que fazem coleta de lixo nos bairros de Pajuçara, Ponta Verde e Jatiúca. Mais 40 pessoas foram entrevistados e tiveram seus dados reunidos.

De acordo com dados da Slum, 38% do número entrevistados residem na rua, 35% são analfabetos e 46% trabalham como catador de material reciclável há mais de dez anos. Quase 40% ainda não possuem qualquer documento de identificação ou necessitam de uma 2ª via da maior parte dos documentos. Apenas 17% dos catadores ouvidos possuem residência própria.

Incentivando a coleta seletiva, a Prefeitura de Maceió irá economizar cerca de 10% do montante que é pago pelo peso do lixo que entra no aterro sanitário. “Esse valor poderá ser revertido para os catadores”, salientou Guilherme Soares.

Fonte: Assessoria

Veja Mais

Deixe um comentário

Vídeos